Foto: Edmar Melo/JC Imagem.

As manifestações em todo o Brasil no último domingo (15) trouxeram à tona assuntos bastante debatidos durante o período eleitoral.

Opositores dispararam críticas contra o governo federal e os aliados de Dilma trataram de atacar o senador Aécio Neves, candidato à Presidência da República.

A intenção é mostrar que, caso o tucano tivesse sido eleito, o cenário de instabilidade não seria diferente do atual.

O vice-líder de Dilma na Câmara dos Deputados, Silvio Costa (PSC), atacou Aécio e voltou a comentar sobre uma pauta debatida durante a campanha eleitoral - o fim do fator previdenciário.

Na época, o senador mineiro defendia que, caso eleito, iria acabar com o benefício.

Aécio Neves (PSDB) prometia a substituição da medida por outro mecanismo - antes, disse ser a favor da extinção e foi acusado de recuar. “Porque esse p…, não disse (na campanha) que ia aumentar a idade da aposentadoria? É só Dilma ?

Fica fazendo demagogia.

Não está está certo.

Na campanha ele [Aécio] sugeriu que ia acabar com o fator previdenciário”, comentou Silvio Costa, durante almoço-debate do Lide. “Mas, se eleito, ele estaria fazendo as mesmas coisas que Dilma. É hora de político com responsabilidade e não demagogos” , acrescentou.

MINISTRO - Sem citar diretamente Aécio Neves, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto (PTB), também analisou que se o adversário de Dilma tivesse ganho a eleição a agenda do ajuste fiscal seria a mesma. “Não tenho dúvida que esta agenda do ajuste fiscal estaria posta para a sociedade brasileira - em maior ou menor grau.

Não se pode assistir a um debate estreito, as pessoas de responsabilidade com o País não podem cobrar da presidente uma auto penitência”, afirmou o ministro.

Caciques do PSDB estão sendo pressionados por deputados da sigla a subir o tom nesta semana.

Parlamentares que foram às manifestações acham que o discurso de Aécio Neves e outros líderes está aquém do das ruas.