Foto: reprodução da Internet O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque foi preso de forma preventiva, no início da manhã desta segunda-feira (16), em sua casa no Rio de Janeiro, na décima etapa da Operação Lava Jato, intitulada de “Que país é esse?”.

Cerca de 40 policiais federais atuam no Rio e em São Paulo.

Segundo investigação da Polícia Federal, Duque, que já havia sido detido em uma fase anterior da Lava Jato, teria esvaziado contas na Suíça no ano passado, já sob investigação, e transferido o dinheiro para bancos nos Estados Unidos e em Hong Kong.

Cerca de 20 milhões de euros foram bloqueados no exterior.

Além de Duque, o empresário Adir Assad, que foi investigado na CPI do Cachoeira, também teve prisão preventiva decretada.

A PF executa ainda quatro mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão.

LEIA TAMBÉM: » Refinaria Abreu e Lima foi primeiro exemplo de cartel na Petrobras, diz Pedro Barusco Em depoimento à CPI da Petrobras na Câmara Federal, o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, disse que empreiteiras pagavam 2% do valor dos contratos com a petrolífera.

Metade desse dinheiro iria para a Diretoria de Abastecimento, sob o comando de Paulo Roberto Costa, e a outra metade era dividida – 0,5% para Barusco e Duque, e 0,5% para o PT, que era operado pelo ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto.

Barusco, que recebia a mesma propina que Duque, estima ter recebido cerca de US$ 100 milhões em propina, pago em contas na Suíça.

A prisão acontece um dia depois de uma onda de manifestações pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) em várias cidades do país, que reuniu milhares de pessoas.