Por Mendonça Filho, líder do DEM na Câmara dos Deputados Duramente prejudicada pela incapacidade e inoperância do Governo Federal, a sociedade brasileira surpreendeu-se com mais uma maldade da presidente Dilma Rousseff e de seu ministro da Educação, Cid Gomes: a mudança nas regras de concessão do Fundo de Financiamento Estudantil/ Fies que está prejudicando milhares de jovens em todo o País.

Não bastasse a mudança na regra, o Ministério da Fazenda reteve em janeiro e fevereiro cerca de R$ 1 bilhão dos recursos do Fies e R$ 464 milhões do Pronatec.

O que representa uma queda na transferência para esses programas de 50% e 58%, respectivamente. » Governo cometeu erro no Fies, afirma Dilma Rousseff As novas regras do Fies estabelecem a redução de 12 para oito no número de pagamentos para as instituições de ensino, a definição de um teto de cerca de 6% para reajuste das mensalidades e o critério de nota mínimo de 4,5.

A exigência de nota mínima no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para quem quiser obter o Financiamento Estudantil (Fies) afetará justamente o principal público do programa: os mais pobres.

Dados do Enem 2012 revelam que 93% dos alunos que não atingem o novo limite de 450 pontos na média são de famílias com renda de até 5 salários mínimos.

As mudanças associadas ao corte de recursos para o programa, na prática, representam uma pá de cal nos sonhos de milhares de jovens que desejam o diploma universitário.

Diariamente a imprensa tem registrado a angústia e o sofrimento de jovens e famílias inteiras diante das dificuldades para fazer a inscrição e celebrar os contratos.

Isso tudo é consequência da má gestão do Governo Dilma, que estimulou os jovens a aderirem ao programa, sem fazer um planejamento adequado dos recursos para atender a essa demanda gerada.

A falta de planejamento, na prática, vai expulsar alunos das faculdades.

E os números mostram que os mais atingidos serão os com renda mais baixa.

Nos meus tempos de escola - e lá se vão alguns anos - os alunos costumavam ser expulsos por indisciplina.

Nunca por decisões equivocadas de um governo, que age ao arrepio de qualquer lógica.

A situação é ainda mais insana para um governo que escolheu “Brasil, Pátria Educadora” como lema.

O que só reforça a tese do estelionato eleitoral da presidente Dilma, que na campanha prometeu ampliar os benefícios sociais, e no Governo tem se revelado uma verdadeira “mão de tesoura” cortando direitos trabalhistas, recursos para educação, que afeta também as universidades públicas, e suspendeu programas sociais como Minha Casa Melhor. *Mendonça Filho é deputado federal e líder do Democratas na Câmara