Foto: João Bita/Alepe A presidente do PT em Pernambuco, a deputada Teresa Leitão, fez uma análise dos protestos realizados no Recife neste domingo e uma visão geral do plano nacional, a pedido do Blog de Jamildo, ainda há pouco.
Para a deputada estadual, o evento no Recife ficou abaixo das expectativas dos próprios organizadores.
Ele cita números com previsões que saíram nos jornais de hoje, falando em 30 mil pessoas.
Quando os presentes ficaram na casa dos oito ou dez mil, segundo as estimativas divulgadas ao longo da tarde pela PM.
No entanto, ela diz que este não é o ponto central, a briga dos números.
Pelas informações que dispõe, haveria cerca de 3 mil pessoas, apenas, no ato em Boa Viagem. “Onde Dilma ganhou a eleição, teve menos gente, como Fortaleza e Salvador.
Onde perdeu, teve mais gente (como São Paulo).
Não foi um fracasso aqui no Recife, não tiro a legitimidade do ato, mas o número não surpreendeu, pois temos informações de que teve ônibus e aporte financeiro.
O problema é querer passar para as pessoas que é o povo que está indo para a rua, não é verdade, querem passar gato por lebre”, diz.
Em um segundo ponto, Teresa Leitão viu uma contradição entre o discurso de que a manifestação era contra o governo, enquanto cartazes não diziam isto. “Eles pediam impeachment e com ofensas e volta do regime militar.
Não há unanimidade”, afirmou. “Eles estão se apropriando da pauta de 2013, mas gerando muito ódio, já há casos de vandalismo contra sede do PT (Jundiaí).
Para quem fala em aperfeiçoar a democracia, os métodos estão errados.
Tem muita gente destilando ódio”.
Teresa Leitão observou ainda que o Brasil não está a beira do abismo e que essa sensação seria ampliada por um aparato midiático. “Isto não contribui.
Quem quer dialogar, não pede impeachment”, diz.
O Blog de Jamildo perguntou ainda se Dilma tiraria alguma lição das manifestações deste domingo.
Na sua avaliação, Dilma poderia tirar mais proveito do evento de sexta-feira, das centrais sindicais. “O ato de sexta-feira de um um recado maior a Dilma do que este.
A retaguarda do governo (centrais sindicais e ‘movimentos sociais’), os apoiadores deste governo, defenderam o governo Dilma, mas também fizeram uma crítica dura.
Com isto, ela deve se mover mais.
Se os eventos de hoje tivessem outro rumo, seria um choque para Dilma.
No lugar dela, eu não me surpreenderia.
Estava no roteiro”, comentou.