Foto: Fernando da Hora/JC Imagem Em clima de empolgação, a militância do PT e entidades sindicais tomaram as ruas do Centro do Recife, na manhã desta sexta-feira (13), para defender o mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) em um ato marcado por músicas em defesa da Petrobras e rodas de ciranda. “Chora a direita.

A direita chora”, provocava a letra de uma das músicas.

O coro era entoado pelo maracatu Batuque Chico Science, que é formado por integrantes do movimento “Levante Popular da Juventude”.

Convocada pela CUT, MST, movimento estudantil e outras centrais sindicais, a passeata desta sexta teve forte apoio do PT de Pernambuco, que levou toda a Executiva para a rua. “Temos que nos orgulhar e defender esse governo que investiga a corrupção”, defendeu a presidente estadual do partido, Teresa Leitão, de cima do trio elétrico da CUT. “Os trabalhadores sabem como era a sua vida no governo tucano”, bradou.

LEIA TAMBÉM: » Ato pró-Dilma marca território sem congestionar artérias principais do Recife » Em ato pró-Dilma, presidente da CUT critica Paulo Câmara » Professores da rede estadual de Pernambuco decretam estado de greve » Em ato da CUT, João Paulo diz que manifestação contra Dilma no domingo é tentativa de golpe » Teresa Leitão destoa de João Paulo e diz que manifestações ajudam governo Dilma a agir A fala foi endossada pela deputada federal Luciana Santos (PCdoB), que atacou as forças reacionárias que agem inconformadas com o resultado da eleição. “Quem é o PSDB para falar em corrupção no Brasil?”, questionou.

Foto: Fernando da Hora/JC Imagem Lideranças do PT pernambucano como os ex-prefeitos do Recife João Paulo e João da Costa também engrossaram o movimento. “O PT precisa fazer uma grande mobilização para defender as conquistas dos últimos 12 anos”, defendeu João Paulo, que entrou nas rodas de ciranda.

Para o presidente da CUT em Pernambuco, Carlos Veras, o ato desta sexta não foi partidário, apesar do apoio explícito do PT.

Vários militantes circulavam com bandeiras, camisas e faixas da campanha de Dilma.

Além de defender a Petrobras e a democracia contra o golpismo, o movimento desta sexta tinha como pauta a luta contra as Medidas Provisórias editadas pelo Palácio do Planalto que alteraram direitos trabalhistas.

Foto: Fernando da Hora/JC Imagem A mea culpa foi feita inclusive pelo PT.

João Paulo disse que o governo poderia ter sido mais flexível ao negociar com os trabalhadores.

O vice-presidente do PT, Bruno Ribeiro, assumiu que as MPs poderiam ter sido melhor ajustadas.

O tom mais crítico, porém, ficou de fora dos discursos e dos gritos de guerra proferidos durante a passeata.

O grupo esquerda marxista, que carregava uma faixa chamando a presidente de traidora foi hostilizado no início da caminhada. “Quem acha Dilma traidora nem devia estar aqui”, censurou um orador da CUT no microfone.

Envolvido com movimentos sociais desde jovem, o padre Reginaldo Veloso fez questão de participar da passeata. “Precisamos ir às ruas para mostrar que a população está unida na luta dos direitos trabalhistas, para manter a Petrobras com os brasileiros e garantir a democracia com a permanência da nossa presidente, que foi eleita nas urnas”, disse. ato Dilma 1 - ato Dilma 2 - ato Dilma 3 - ato Dilma 4 - ato Dilma 5 - ato Dilma 6 - ato Dilma 7 - ato Dilma 8 - ato Dilma 9 - ato Dilma 10 - ato Dilma 11 - ato Dilma 12 - ato Dilma 13 - ato Dilma 14 - ato Dilma 15 - ato Dilma 16 - A passeata saiu do Parque 13 de Maio, seguiu pelas Avenidas Conde da Boa Vista e Guararapes, e terminou na Praça da Independência.

O tenente coronel Alexandre Cruz estimou em mil pessoas no ato.

Para o presidente da CUT, porém, cinco mil militantes compareceram.

Quando o grupo atravessava a Conde da Boa Vista, uma das principais avenidas comerciais do Recife, o jovem Cláudio Alves, que mora em Brasília Teimosa, criticou os manifestantes, chamando-os de ladrão. “Tudo ladrão no PT.

A começar da presidente”, afirmou ele, que promete participar do protesto que pede o impeachment de Dilma neste domingo (15), às 9h, na Avenida Boa Viagem. “Tem que entrar o exército e as forças armadas”, defendeu.