Foto: divulgação O deputado federal Anderson Ferreira (PR-PE) classificou como intolerante a deputada Érika Kokai (PT-DF), que criticou o seu projeto do Estatuto da Família, que determina como família apenas o casal formado entre homem e mulher.
Kokai, que integra a Comissão Especial criada na Câmara para debater a proposta, criticou o projeto por não contemplar arranjos familiares formados por pessoas do mesmo sexo.
A deputada chegou a afirmar que esse tipo de projeto não poderia ser apresentado no Congresso Nacional.
Kokai se recusou a participar da votação que elegeu o deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) como presidente da Comissão. “Quando vim para esta Casa, foi para levantar a discussão sobre a valorização da família, porque vemos hoje um processo de degradação, nos meios de comunicação”, afirmou Anderson. “Mas alguns deputados não vêm para a comissão para dialogar, como Érika Kokai.
O que assistimos aqui não é diálogo, é intolerância.
Não sei qual o intuito de uma pessoa que deveria defender sua ideias, mas vem para desestruturar uma comissão que vai valorizar as famílias”, disparou o deputado pernambucano.
Anderson Ferreira, que faz parte da bancada evangélica, disse que iria apoiar o deputado Sóstenes Cavalcante em seu trabalho para “mostrar quem são os verdadeiros intolerantes”. “Há um trabalho de desinformação de ativistas contra o que estamos propondo.
Vamos esclarecer tudo, através de um debate enriquecedor e mostrar que estamos apenas defendendo o que está na Constituição e exigir que o Estado proteja nossas famílias”, prometeu.
O projeto de Anderson Ferreira foi defendido pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que também integra o grupo. “Nossas crianças estão sem referenciais, estão saindo da sala de aula com overdose e os professores não podem fazer nada.
O Estatuto da Família vem para salvaguardar os bons costumes”, afirmou.
O próximo encontro da comissão acontece no dia 18, quando serão eleitos o vice-presidente e o relator do grupo.
Ao todo, a comissão deve realizar 40 sessões e audiências públicas e deve visitar alguns estados.