A defesa do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco enviou ofício à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara dos Deputados que investiga irregularidades na estatal solicitando que o depoimento de seu cliente ocorra em sessão secreta.

A fala do ex-gerente está marcada para esta terça-feira (10).

Barusco, que se tornou delator da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, foi o primeiro convocado a prestar esclarecimentos sobre o esquema na CPI porque sua participação interessa a petistas e tucanos.

No caso do PT, porque citou ter recebido propinas de empresas em 1997, durante o governo Fernando Henrique Cardoso.

No do PSDB, porque ele disse que o PT recebeu US$ 200 milhões em propinas durante dez anos.

Os advogados do ex-gerente recorreram à lei que define organização criminosa para solicitar o encontro reservado.

Eles alegam que a norma garante ao colaborador não ter sua identidade revelada pelos meios de comunicação, nem ser fotografado ou filmado, sem sua prévia autorização por escrito.

A consultoria da Câmara ainda avalia se Barusco se enquadra na lei para requerer o benefício.

O parecer será encaminhado ao presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), mas precisará ser votado pelo plenário do colegiado.