Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (5) mostra que, em média, os salários das mulheres que trabalham na Região Metropolitana do Recife (RMR) representam apenas 73% do que ganham os homens.

Os dados são do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), em parceria com a Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem).

De acordo com o levantamento, que é relativo ao ano de 2014, o rendimento médio real das mulheres no Grande Recife é de R$ 1.050.

Enquanto isso, a remuneração média real dos homens, na RMR, é de R$ 1.438.

A pesquisa confirma que a jornada semanal média de trabalho das mulheres (41 horas) é inferior a dos homens (47 horas).

Mas só isso não explica a diferença de salário, já que enquanto as trabalhadoras recebem R$ 5,98 por cada hora trabalhada, os homens ganham R$ 7,15 por cada hora de trabalho.

O rendimento de mulheres e homens é diferente mesmo no serviço público, aponta a pesquisa.

No setor, que paga os melhores salários, as funcionárias recebem, em média, 74,1% do que recebem os funcionários.

O levantamento divulgado nesta quinta mostra que após seis anos consecutivos de crescimento, a quantidade de mulheres em idade laboral a participar da população economicamente ativa diminuiu, passando de 47,3% para 46,7%.

As mulheres são maioria entre os desempregados.

São 126 mil trabalhadoras sem ocupação, contra 105 mil trabalhadores.

O dado positivo é que 7 mil mulheres conseguiram emprego entre 2013 e 2014.

Apesar disso, existem 974 mil mulheres em idade laboral que não estão empregadas e sequer estão procurando emprego.

O dobro dos homens na mesma situação, que somam 513 mil.

O estudo também mostra que enquanto 51,9% dos homens que estão empregados têm carteira assinada.

Apenas 39,4% das mulheres ocupadas possuem o benefício.

A pesquisa aponta ainda uma divisão de gênero no mercado de trabalho.

Os homens são maioria na indústria de transformação, na construção, na área de transportes e em atividades administrativas.

Já as mulheres têm mais presença em serviços domésticos, educação, saúde, serviços sociais, alimentação.