A Fiepe diz considerar importante debater o que contribuiu para a atual situação do País, os impactos de medidas de ajuste e as perspectivas para a economia que podem ajudar empresas a driblarem a crise.
Para tanto, convidou os economistas Maílson da Nóbrega e Tharcisio Bierrenbach de Souza Santos para palestra, dia 25 de março, às 17h.
O objetivo do encontro será discutir o atual cenário econômico do País e as perspectivas que possam direcionar planejamentos estratégicos para enfrentar esse período de instabilidade.
Tharcisio é doutor em economia com especializações em Nova Iorque e consultor nas áreas de finanças e planejamento estratégico.
Ele fará uma retrospectiva dos aspectos positivos e negativos da primeira década do século XXI, abordando o Brasil, a crise internacional e cenários alternativos a curto prazo.
Maílson da Nóbrega, economista, escritor e consultor em economia e finanças, tem no currículo a experiência de ter sido Ministro da Fazenda entre janeiro de 1988 e março de 1990, um dos períodos mais difíceis da economia brasileira.
Foi responsável pelo reestabelecimento das relações com a comunidade financeira internacional, depois da equivocada moratória da dívida externa de 1987.
Também consolidou as reformas que modernizaram institucionalmente as finanças públicas, que haviam começado em 1986, com base nos estudos que liderou.
Na Fiepe, ele vai apresentar análise da conjuntura econômica e projeções para os principais indicadores macroeconômicos (PIB, juros, câmbio, desemprego e contas externas).
Maílson também vai avaliar os fatores dos quais o Brasil depende e o papel das instituições no desenvolvimento do País.
Para a entidade, em função de fatores como baixo crescimento econômico, alta de juros, do dólar, da inflação, desemprego, aumento de impostos e de preços controlados, como luz, água, gasolina e transportes, o ano de 2015 será difícil para os brasileiros. “A nova equipe econômica — liderada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy — já deixou claro que a prioridade é equilibrar as contas públicas e para isso é necessário aumentar a arrecadação.
O aumento mais significativo é dos impostos dos combustíveis.
O governo aumentou a Cide (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) e o Pis/Cofins da gasolina e do diesel.
Já a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) divulgou que vai precisar de um reajuste no valor de R$ 23 bilhões em 2015 — valor que deve ser cobrado do consumidor”, contextualizam.