Foto: Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados O início dos trabalhos da nova CPI da Petrobras na Câmara Federal, nesta quinta-feira (5), foi marcado por gritaria e tumulto, depois que o presidente da Comissão, o deputado Hugo Motta (PMDB-PB) anunciou a criação de quatro sub-relatorias que foram distribuídas para o PSDB, PTB, PSC e PR.
O fato de não submeter o nome dos sub-relatores aos demais membros da CPI deu início a discussão.
Com o dedo em riste e gritando, o deputado Edmilson Rodrigues (PSOL-PA) gritou para que Motta “não amoleque” a Comissão. “É moleque ou presidente?”, questionou.
Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados Em resposta, o presidente da CPI disse que não aceitaria desrespeito e, também aos gritos, disse que não seria um fantoche para se submeter a pressão de alguém. “Da terra que eu venho, ninguém me grita!”, alertou.
Depois do bate-boca, Hugo Mota anunciou o nome dos escolhidos para ajudar no trabalho do relator geral, Luiz Sérgio (PT-RJ).
Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados Os sub-relatores são Altineu Côrtes (PR-RJ), para superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias; Bruno Covas (PSDB-SP), para constituição de empresas com a finalidade de praticar atos ilícitos; Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), para superfaturamento e gestão temerária na construção e afretamento de navios de transporte, navios-plataforma e navios-sonda; e André Moura (PSC-SE), para irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e na venda de ativos da Petrobras na África.
Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) anunciou que o PSOL considera nula a escolha dos sub-relatores sem submetê-los à Comissão.
Também nesta quinta, a CPI escolheu seus três vice-presidentes.
Foram eleitos para a vaga Kaio Maniçoba (PHS-PE), Antonio Imbassahy (PSDB-BA) e Félix Mendonça (PDT-BA).