Ministro foi sabatinado na Câmara dos Deputados.
Fotos públicas/Arquivo.
Em meio à crise hídrica que atinge os principais reservatórios do Brasil, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, descartou a possibilidade de que o País esteja sujeito a um racionamento de energia por conta dos baixos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas.
O titular da pasta discutiu o assunto na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (04). “Muitos confundem apagão com racionamento.
Apagão ocorre por uma variável incontrolável, como falhas mecânicas e intempéries climáticas.
Já o racionamento é o corte no fornecimento porque o País não tem energia para suprir a demanda.
Mas não estamos vivendo este momento”, disse Braga.
Segundo o ministro, o setor elétrico vem conseguindo superar os desafios impostos pela crise hídrica e manter o fornecimento de energia elétrica para a sociedade. “Nós esperamos, com uma série de medidas, alcançar uma redução no consumo, mas isso não é em função de não termos energia para entregar”, reforçou Braga, reconhecendo, no entanto, que a situação é desafiadora.
O ministro rebateu ainda críticas do deputado Ivan Valente (PSol-RJ), que questionou a decisão do governo de excluir 5 milhões de famílias do programa Tarifa Social.
Segundo Braga, a medida não está relacionada com cortes de gastos do governo, mas com o cumprimento do que determina a legislação. “Para ter acesso à tarifa social a família precisa estar inscrita no cadastro único e possuir renda familiar per capita menor ou igual a meio salário mínimo.
Famílias que não se enquadrarem mais nessa definição legal terão que ser excluídas, mas não porque nós queremos”, disse o ministro.