Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil Por Fernando Castilho Na coluna JC Negócios desta terça-feira (3).

No filme O Discurso do Rei, dirigido por Tom Hooper, Colin Firth, faz o papel do Rei George, um gago cujo maior desafio é, ao assumir a coroa, após a abdicação de seu irmão David (Guy Pearce), proferir um discurso de posse.

Goerge recorre ao excêntrico terapeuta Lionel Logue (Geoffrey Rush) e, finalmente, se dirige à nação.

A presidente Dilma Roussef não tem esse problema da fala e, como se sabe, tomou posse para um segundo mandato.

Mas precisa proferir um discurso à nação.

Um discurso em que assuma o compromisso de liderar o País no período difícil que vamos enfrentar, que explique que terá que tomar atitudes que não explicitou na campanha eleitoral e que apresente um cenário de esperança que possa fazer com em 2018, o País possa estar melhor.

O Discurso de Dilma é defendido pelo líder do PT no Senado, Humberto Costa.

Ele, aliás, já foi sugerido pelo antecessor de Dilma, o presidente Lula, que até se dispõe a ser seu Lionel Logue e estruturar a fala da presidente.

Costa admite que o maior desafio de Dilma é o da comunicação, que fez o PMDB e a Oposição ganharem um protagonismo que não corresponde à realidade.

Ele insiste que a inércia da presidente precisa ser quebrada logo.

O problema é que Dilma continua muda.

Talvez porque ache que não tem o que dizer nesse seu discurso novo.