Na tentativa de garantir o reconhecimento dos direitos civis para o segmento LGBT, sigla para lésbicas, gays, bissexuais e transexuais, o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) está articulando na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) a criação de uma frente parlamentar para discutir questões referentes ao tema.

Até o momento, quatro dos 49 deputados apoiaram o projeto.

Priscila Krause (DEM) e Teresa Leitão (PT) estão entre as parlamentares que endossam a iniciativa.

O requerimento será protocolado assim que obtiver o apoio mínimo, que são 17 assinaturas.

Para ser aprovado no plenário, a proposta precisa ter a maioria absoluta, ou seja, o voto de 25 deputados.

Entre os objetivos de uma Frente Parlamentar está o aprimoramento da legislação sobre determinado setor da sociedade. “Conversei com Waldermar Borges, líder do governo.

Coloquei para ele que a questão não deve ser tratada sobre a ótica de governo versus oposição.

Ele concordou e garantiu que a bancada indicará dois representantes”, contou Edilson.

MINORIAS - Semana passada, a decisão do governo de criar uma secretaria executiva voltada para minorias como indígenas, quilombolas, e a comunidade LGBT gerou polêmica na Alepe.

A bancada evangélica da Casa Joaquim Nabuco reagiu à iniciativa afirmando que a atitude era desnecessária, porque todos os grupos já são atendidos pelo Estado. À revelia das vozes contrárias, o governador Paulo Câmara (PSB) afirmou que daria prosseguimento à promessa de campanha. “Isso é um compromisso que está no meu programa de governo, ter uma estrutura para olhar os segmentos.

A gente tem que atuar em Pernambuco por inteiro e dentro desses segmentos”, explicou o governador, na época.