Temer e Dilma em momento de tensão política.
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Em todo o Brasil, focos de desgaste político na relação entre o PT e o PMDB começam a ganhar musculatura.
Dono da maior bancada no Congresso Nacional, o PMDB domina quase todas as esferas de poder.
Tem o vice-presidente Michel Temer, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e seis ministros.
Na tentativa de acalmar os ânimos entre os partidos, o ex-presidente Lula está costurando conversas com senadores e deputados federais para conter a crise política enfrentada pela presidente Dilma Rousseff.
Em Pernambuco, à revelia das alianças nacionais firmadas entre o PT e o PMDB, representadas sobretudo por Michel Temer, a bancada do partido age como forte oposição ao governo do PT e da presidente Dilma Rousseff (PT).
LEIA TAMBÉM: » Sem citar PT, PMDB dirá que não será guiado por “estrelas” em programa de TV » PMDB faz alerta ao PT e lembra que tem força no cenário nacional » Adversários na campanha, Câmara e Lóssio sinalizam parcerias para destravar projetos em Petrolina Tanto na esfera local quanto na nacional, os políticos da legenda militam contra o Partido dos Trabalhadores.
Nas eleições presidenciais, em 2014, o grupo político apoiou o candidato Aécio Neves (PSDB), que perdeu as eleições e terminou a disputa com 48,36%.
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No Estado, apenas uma liderança política, do Sertão do São Francisco, está no campo aliado ao da presidente.
O prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio, tem interlocução direta com Michel Temer.
Com grande prestígio dentro do partido no âmbito nacional, o político recebeu em Petrolina, durante a campanha de 2014, o ex-presidente Lula e o vice-presidente da República.
Nas eleições estaduais, Lóssio apoiou o ministro Armando Monteiro Neto, apesar do correligionário Raul Henry ser vice na chapa do governador Paulo Câmara (PSB).
O prefeito de Petrolina está na sigla há 6 anos e explica que se filiou ao partido, apesar da discordância política no Estado, por causa da conjuntura na cidade de Petrolina.
Na época, havia dois grupos políticos fortes.
O PT, que já tinha candidato próprio, e o PSB, liderado pela família Coelho, do senador Fernando Bezerra Coelho.
Nas eleições de 2012, Lóssio derrotou o líder do PSB na Câmara dos Deputados, Fernando Filho. “Fiz a opção de apoiar o PMDB nacional, porque Michel [Temer] foi muito solidário política e administrativamente.
Mas penso que respeitei a posição dos componentes da estadual e eles, a minha”, explica o prefeito de Petrolina.
Passadas as eleições, Lóssio explica que os ânimos foram abrandados.
Semana passada, ele marcou uma reunião com o governador Paulo Câmara e com o vice, Raul Henry, para tratar de projetos para a cidade. “Vamos olhar para frente”, observou Lóssio.
Já o presidente regional do PMDB, Dorany Sampaio, é categórico ao afirmar a posição do partido em Pernambuco. “Você sabe que nós não estamos alinhados com a posição nacional.
Não apoiamos Dilma e nem o PT”, afirmou.
O ex-senador pernambucano Jarbas Vasconcelos, atual deputado federal, também nunca escondeu as críticas ao PT.
Durante os dois mandatos do ex-presidente Lula (PT), Jarbas exerceu forte oposição no Congresso Nacional.
Esta semana, no mesmo dia em que o PMDB usou a propaganda partidária para mostrar o poder político, o líder do PT no Senado, Humberto Costa, aproveitou a viagem ao Maranhão para defender união com o PMDB.
No Estado, José Sarney, do Maranhão, foi derrotado após mais de 50 anos no poder. “Este é um ano que precisamos somar esforços para fazer o nosso país avançar ainda mais”, afirmou o líder do PT, ressaltando que o cenário de eventuais diferenças entre o PT e o PMDB no Maranhão não atritam a relação entre os dois partidos no plano nacional.