O governador Paulo Câmara disse nesta sexta-feira acreditar que o atual cenário de crise nacional não será permanente, mas perdurará por pelo menos dois anos, conforme anunciado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. “Todos os Estados devem fazer a sua parte.
Adequando o planejamento para essa realidade nacional, com absoluto controle das contas públicas, mas sem deixar de lado os investimentos necessários para que a gente continue crescendo”. “Traçamos nossas metas para esse período e vamos trabalhar para fazer as entregas.
Em 2014, eu disse que pretendia entregar um Estado melhor do que o que recebi.
O povo pernambucano pode ter certeza que terá um governador vigilante, trabalhando dia e noite para manter o Estado no caminho certo, cuidando principalmente daqueles que mais precisam”.
O governador Paulo Câmara comandou, hoje, a primeira reunião com todo o secretariado, após a posse.
Na ocasião, Paulo Câmara reforçou sua determinação de rigor com as contas públicas do Estado.
O governador destacou que Pernambuco tem que se adequar ao novo cenário econômico do Brasil, determinado pelo Governo Federal.
Paulo tratou com os auxiliares do Plano Plurianual (PPA) e do início das reuniões do Programa Todos por Pernambuco, que será retomado no próximo dia 13 de março. “Nos últimos anos, Pernambuco experimentou um ciclo virtuoso de desenvolvimento.
O Estado vem crescendo mais do que o Nordeste e mais do que o Brasil.
Os cenários para 2015 e 2016, anunciados pelo próprio ministro da Fazenda, obrigam os Estados a se adequarem a essa realidade.
As medidas que anunciamos nas últimas semanas vão nessa direção.
Nosso objetivo é trabalhar para manter a economia pernambucana crescendo.
Vamos trabalhar com o dinheiro ‘azul e branco’ e esperar que ocorram as transferências voluntárias por parte do Governo Federal”, observou Paulo Câmara.
Minas Gerais.
Pimentel diz não ter nenhum centavo para investir A gestão de Fernando Pimentel (PT-MG) comunicou à Assembleia de Minas Gerais que terá de reduzir a previsão orçamentária para este ano e que dependerá de empréstimos, num total de R$ 3 bilhões, para poder fazer investimentos mínimos.
Segundo Pimentel, o valor de R$ 6,2 bilhões de arrecadação, previsto no orçamento pela gestão de Antonio Anastasia, do PSDB, é irreal.
A previsão, agora, é de crescimento zero da arrecadação estadual. “O Estado não tem nenhum centavo para investir”, resumiu o secretário de Planejamento de Minas, Helvécio Magalhães.
Pelos cálculos do governo petista, o valor total do Orçamento para este ano deve ser reduzido de R$ 83 bilhões para R$ 77 bilhões.
Já o secretário de Governo, o petista Odair Cunha, culpou a gestão passada por ter feito, segundo ele, uma proposta orçamentária sem base na realidade fiscal.
Ele disse que “a receita foi superestimada e a despesa subestimada”, com “omissão por parte do governo anterior de dados importantes”.
Cunha afirma, por exemplo, que foram lançados na receita dividendos de estatais já pagos e que as despesas salariais com servidores ficaram aquém do saldo do ano passado.
SEM MANOBRA O deputado estadual Lafayette de Andrada, que foi líder dos governos do PSDB no Legislativo e integra a comissão de Orçamento da Casa, afirma que o problema não é com o Orçamento, mas com a economia do país conduzida pelo PT. “Não existe manobra.
A questão é que o Orçamento foi feito em setembro do ano passado e depois disso a economia vem caindo”, disse.
Previsões infladas Segundo ele, as previsões de arrecadação foram feitas com projeção de crescimento do PIB de 3%, feito pelo próprio governo federal no seu Orçamento.
A previsão agora é de crescimento zero.
O secretário de planejamento de Pimentel disse que os R$ 3 bilhões em empréstimos que o Estado deverá receber serão utilizados para pagar obras em curso e que estejam mais avançadas.
Desse valor, R$ 1 bilhão virá do Banco do Brasil e os outros R$ 2 bilhões já foram autorizados pelo Ministério da Fazenda.
Os empréstimos foram negociados ainda na gestão passada, do PSDB.
Magalhães disse que a prioridade do Orçamento estadual será aplicar em saúde e educação, que têm obrigações constitucionais.
A proposta orçamentária foi apresentada pelo governo tucano em setembro de 2014, mas, por conta das eleições, a votação foi adiada.
Com informações da Folha Press