Evitando se expor diante da opinião pública, os deputados federais do PSDB abriram mão do benefício concedido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), que garante o pagamento de passagens aéreas para esposas e maridos de parlamentares.

De acordo com o grupo, a decisão está na contramão do que a sociedade espera de seus representantes no Congresso.

Segundo o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), é inaceitável a aprovação do benefício durante um momento em que a sociedade é penalizada com o aumento de impostos e alta nos preços de produtos como combustível. » Teresa Leitão.

O absurdo das passagens para cônjuges e o machismo na imprensa » Na Câmara, Raul Jungmann renuncia a passagem para parentes de deputados “É um total desrespeito com os brasileiros, que já estão pagando o preço da incompetência do governo Dilma e agora, terão de arcar com essa mordomia. É um contrassenso.

O PSDB não fará parte dessa vergonha, também em respeito aos próprios cônjuges de seus parlamentares”, afirmou Sampaio.

Para a deputada Mara Gabrilli, a Câmara não pode cometer o mesmo erro e a desfaçatez do governo, que exige sacrifícios da sociedade e não faz a sua parte. “A Câmara tem de dar o exemplo e abrir mão de despesas como essa, que a distanciam ainda mais de seus representados”, afirmou.

O deputado pernambucano Daniel Coelho também abdicou do benefício.

Ele usou a plataforma do Twitter para criticar a concessão das passagens.

Não vou usar passagens para minha família aprovadas na Câmara.

Solicitei a presidência que medida seja revogada. https://t.co/w97kHkmJo8 — Daniel Coelho (@DanielCoelho45) 26 fevereiro 2015