PMDB tenta se descolar do PT em propaganda da TV Sem citar a presidente Dilma Rousseff ou o PT, o PMDB dirá, em seu programa de televisão que vai ao ar na noite desta quinta-feira (26), que não será guiado por “estrelas”, numa referência ao símbolo petista. “Não são as estrelas que vão me guiar.

São as escolhas que vão me levar”, diz a frase que abre e dá o tom do vídeo de dez minutos, que elevou expectativas em tempos em que a oposição fala em impeachment.

Divulgado em primeira mão pelo jornal Folha de S.

Paulo, o programa do PMDB tenta descolar o partido do PT e, apesar de defender a legitimidade dos representantes eleitos no ano passado, não deixa de criticar o governo ao citar, por exemplo, a existência de um “mar de crises” e a necessidade de mudar o jeito de fazer política no Brasil. “Está muito claro o que eu, o que você, o que todo brasileiro quer.

Queremos um país eficiente, justo.

Decente”, diz a narradora do vídeo, que se passa dentro de um teatro. “A falta de credibilidade é, entre todas, a pior crise. É a crise que acaba com a esperança, com os sonhos, com a oportunidade”, afirma, em outro trecho.

O principal protagonista do programa é o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), que seria o sucessor imediato de Dilma caso a presidente deixasse o cargo. “O País precisa de uma agenda positiva.

A apuração de irregularidades não pode paralisar a vida produtiva do País”, defende ele. “O PMDB sempre vai escolher apoiar o Brasil”, vaticina Temer.

O vice-presidente lista, então, uma série de bandeiras (ou “escolhas”) feitas pelo PMDB para o ano de 2015: reforma polícia, liberdade de informação, defesa de iniciativa privada e da competitividade, economia mais forte e saudável, e sustentação dos programas sociais.

Além de Temer, falam os ministros peemedebistas Eduardo Braga (Minas e Energia), Kátia Abreu (Agricultura), Edinho Araújo (Portos), Helder Barbalho (Pesca), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Vinicius Lages (Turismo).

Todos falam sobre seus trabalhos nas pastas, mas sem fazer referências a Dilma.

Os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha, também falam; assim como Eunício Oliveira, líder do partido no Senado.

Desafeto de Dilma, Cunha diz que quer transformar a oportunidade de presidir a Câmara em mudanças. “Vamos mostrar que nós, os escolhidos para representar a sociedade, somos realmente capazes de cuidar dela”, assegura.

No final do programa, Temer lembra a contribuição histórica do PMDB para a redemocratização e para a promulgação da Constituição de 1988; que o PT na época foi contrário. “Em 2014, escolhemos os governantes que vão estar à frente de cada um dos estados brasileiros e também os que comandarão o País nos próximos anos.

A nossa jovem democracia deu mostras claras de amadurecimento.

E as escolhas foram feitas, são legítimas”, encerra o vice-presidente.