O governador Paulo Câmara avisou que mantém a decisão de criar a Secretaria Executiva de Segmentos Sociais, incluindo a gerência LGBT, mas a bancada evangélica continua contrária.

E quer uma audiência no Palácio do Campo das Princesas para externar sua posição. “Sou da base aliada, mas não dá para aceitar estas coisas.

O Governo tem de dar garantias aos homossexuais como a qualquer outro cidadão.

Temos de tratar bem, e ponto.

Para que gastar mais com uma secretaria para direitos ao que já existe?”, ressaltou o deputado estadual André Ferreira (PMDB), durante entrevista à Rádio Maranata.

O peemedebista bate na tecla de que há outras políticas públicas prioritárias que estão no papel, mas não na prática.

André Ferreira cita as dificuldades enfrentadas pelos idosos e portadores de deficiências para transitar nas ruas e no uso dos transporte público.

Além das crianças abandonadas nas ruas. “Estas pessoas, sim, são minoria.

O segmento LGBT não é uma minoria.

Homossexualidade é uma opção, um comportamento.

Tem de haver respeito com as pessoas, aos homossexuais e às crenças religiosas.

Não deve haver privilégios.

Sou vice-presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e enquanto estiver lá assuntos como este não passam.

Seremos contundentes em defesa da família.

A família é a base de tudo e não vamos abrir um milímetro no que acreditamos”, ressaltou André Ferreira.

Na opinião do deputado, o Governo do Estado precisa ter uma maior preocupação na qualificação da juventude e as igrejas podem contribuir para isso. “Estas pessoas estão vulneráveis e as igrejas serão parceiras, mas a responsabilidade é do Estado.

Mas o Estado não fará sozinho, tem que chamar a sociedade.

As igrejas têm espaços físicos, querem qualificar os jovens para o mercado de trabalho, mas precisa de apoio”, propôs Ferreira.