Reservatório de Botafogo com menos de 16% da capacidade.

Foto: divulgação/Compesa O projeto de uma adutora para permitir a transposição das águas do Rio Capibaribe para o reservatório de Botafogo, em Igarassu, que abastece o norte da Região Metropolitana do Recife (RMR) e está à beira do colapso, foi eleito como uma prioridade pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB).

Planejada para dez meses, a obra permitiria a injeção de 1000 litros de água por segundo do rio na barragem.

Há cinco dias, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) anunciou que pode ter de recorrer ao volume morto de Botafogo, se o nível da barragem chegar a 14%.

O reservatório, que atende às cidades de Olinda, Paulista, Igarassu e Abreu e Lima está em 15,3%. “É uma vazão muito pequena para o rio, mas muito importante para Botafogo”, explica o presidente da Compesa, Roberto Tavares, sobre a transposição.

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Para melhorar o abastecimento no Grande Recife, a Compesa também quer concluir as barragens do Engenho Pereira, em Moreno, e do Engenho Maranhão, em Ipojuca.

Também foi eleita como prioridade uma obra para permitir antecipar a captação da água da Transposição do Rio São Francisco para atender a primeira etapa da Adutora do Agreste, cujas obras avançam lentamente e ainda dependem da construção do Ramal do Agreste para funcionar.

O projeto, também de dez meses, poderia atender 17 cidades que estão com abastecimento comprometido no Agreste.

Como mostrou o Blog de Jamildo, mais de metade dos reservatórios do Agreste e do Sertão entraram em colapso.

Na Região Metropolitana Sul, porém, a situação é mais confortável.

O reservatório de Pirapama está com 85% e a perspectiva é que a barragem “sangre” no período chuvoso.