Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem A desmobilização de trabalhadores no Complexo Portuário de Suape, principalmente com a interrupção das obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), da Petrobras, alvo da Operação Lava Jato, preocupa o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). “É óbvio que o volume de desmobilização que pode ocorrer aí com a finalização da Refinaria [Abreu e Lima] é expressivo.
E a gente precisa ter todo o cuidado de amparar, principalmente, os trabalhadores pernambucanos”, afirmou Câmara à imprensa nesta quarta-feira (25).
Vários trabalhadores de empresas terceirizadas que trabalharam na construção da Rnest foram demitidos nos últimos meses reclamando de atraso nos salários, em função da crise causada na Petrobras causada pelas denúncias de desvio de dinheiro pública na estatal.
LEIA TAMBÉM: » Desmobilização em Suape só é similar à da construção de Brasília, afirma secretário » Desmobilização em Suape entra na pauta da Alepe “A orientação é aproveitar a mão de obra pernambucana com qualificação necessária para as coisas que estão vindo”, garantiu o governador.
Na manhã desta quarta, Paulo Câmara firmou parceria com empresas privadas para levantar R$ 12,4 milhões para requalificar três trechos da BR-101 Sul e um da PE-08, que dão acesso à Suape.
A parceria foi viabilizada pelo Pro-infra, projeto que foi implantado no governo estadual quando Câmara era secretário da Fazenda, e prevê a dedução no ICMS das empresas que financiarem obras estruturadoras. “É um investimento que vale a pena e que, no curto prazo, tem um retorno para a iniciativa privada e para o Estado”, disse o governador.
O orçamento das ações será revisto, como manda o programa, antes de dar início às obras.
As intervenções, que incluem a implantação de um túnel, deve ser concluídas em oito meses.