A taxa de desemprego totalem janeiro deste ano comparado com o mês de dezembro de 2014 apresentou uma discreta redução caindo de 12,1% para 11,8%.
As informações são oriundas da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana do Recife (PED-RMR), realizada mensalmente pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação e pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco, Agência Condepe/Fidem, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - DIEESE.
O governo destacou que dois indicadores despontaram de forma positiva: a massa de rendimentos e o rendimento médio dos ocupados e assalariados.
A pesquisa foi divulgada hoje, 25, na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Pernambuco - Sindsep- PE.
O levantamento objetiva mostrar o comportamento do mercado de trabalho na região, com avaliação de itens como taxa de desemprego e rendimento dos setores de atividades. “A pesquisa é fundamental para avaliar o dinamismo da economia estadual”, comenta o Diretor Executivo de Estudos, Pesquisas e Estatísticada Agência Condepe/Fidem, Maurílio Lima.
Os dados mostram que o contingente de desempregados foi estimado em 219 mil pessoas, 8 mil a menos em relação ao mês anterior (ou seja dezembro de 2014).
Este resultado deve-se à saída de 28 mil pessoas da força de trabalho do território metropolitano, número superior às 20 mil ocupações que foram eliminadas.
A chamada taxa de participação – proporção de pessoas com 10 anos de idade ou mais incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – decresceu de 55,9% para 55,0%.
O nível de ocupação na RMR decresceu 1,2% e o contingente de ocupados foi estimado em 1.633 mil pessoas, 20 mil a menos em relação a dezembro de 2014.
Segundo os setores de atividade analisados neste comparativo, verificou-se redução em todos os setores, exceto o de Serviços que apresentou estabilidade.
Todavia, na comparação com janeiro/2014, a Indústria de Transformação registrou crescimento (1,3%, ou 2mil), seguida pelo Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (0,6%, ou 2 mil), os Serviços (1,9%, ou 18 mil), com a Construção registrando redução (-21,6%, ou - 35 mil).
Segundo posição na ocupação, retraiu-se o número de assalariados (-0,9%), autônomos (-2,4%) e de empregados domésticos (-2,6%) e aumentou o dos ocupados classificados nas demais posições (1,0%).
O comportamento do emprego assalariado refletiu a redução no setor privado (-1,7%, ou -15 mil) atenuada pelo crescimento no setor público (2,6%, ou 5 mil).
No setor privado, diminuiu o assalariamento com carteira de trabalho assinada (-2,0%, ou -15 mil) e o sem carteira não variou.
Já com relação ao desempenho anual (de janeiro de 2014 a janeiro de 2015) a taxa de desemprego na RMR cresceu de 11,3% para 11,8% e o nível de ocupação diminuiu 1,2%.
Entre dezembro de 2013 e de 2014, cresceu o rendimento médio real dos ocupados (1,6%) e, com maior intensidade, o dos autônomos (3,0%) e decresceu o dos assalariados (-0,7%).
A massa de rendimentos cresceu para os ocupados (1,9%) e assalariados (0,9%).
No caso dos ocupados, devido ao crescimento do rendimento médio real, uma vez que o nível de ocupação pouco variou e, no dos assalariados, ao crescimento do nível de emprego, porquanto o salário médio real reduziu-se ligeiramente.
Jairo Santiago, representante do DIEESE na coordenação da PED/RMR, disse que, a despeito da variação conjuntural, os patamares atuais são bem melhores que aqueles apontados na metade da década passada (2000 a 2004).