Reportagens publicadas em diversos jornais mostraram que o presidente da Petrobras e ex-dirigente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, ao se desligar do BB, passou a receber aposentadoria de R$ 62,4 mil, valor do seu salário integral como presidente do banco, a partir de regra criada em sua gestão.

O líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE), encaminhou nesta quarta-feira (25/2) requerimentos de informação aos ministros da Fazenda, Joaquim Levy e da Previdência, Carlos Gabas sobre a superaposentadoria do presidente da Petrobras e ex-dirigente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine.

Nos requerimentos o deputado questiona os ministros sobre o valor da aposentadoria, a regra que beneficia apenas executivos e o peso financeiro para o fundo de previdência do BB (Previ) que arca com a diferença acima de salários de ministros do STF – teto do funcionalismo público - de R$ 33,7 mil. “Integrantes de cargos de direção de uma das maiores instituições financeiras do país devem ser bem pagos, mas receber aposentadoria quase o dobro do que é pago a ministros do STF parece fora de propósito.

Esse fato precisa ser devidamente esclarecido, pois está mais uma vez em jogo a credibilidade do atual presidente da maior empresa pública do País”, afirmou o líder.

Mendonça Filho lembra que a norma implantada em favor dos executivos do BB é contestada pela Associação de Funcionários do Banco do Brasil que afirma ser indevida a superaponsentadoria ser financiada pelo fundo de pensão dos funcionários.

O parlamentar ainda questiona o fato de que a quantia recebida hoje por Aldemir Bendine é incompatível com os valores de contribuição pagos quando ele ainda estava na ativa.

O requerimento de informação é previsto na Constituição Federal.

Pela carta magna, o ministro de Estado deve responder os questionamentos do Congresso no prazo de 30 dias, a partir do seu recebimento, sob pena de cometer crime de responsabilidade.