Foto: divulgação Não bastasse os sindicalistas do Metrô do Recife usarem a estatal para seus interesses corporativos, agora é a vez dos cegonheiros.
Eles querem obrigar a Fiat a contratar mão de obra local e, para pressionar a empresa e as autoridades, prometem deixar metade da população do Recife sem alternativa de trânsito nesta terça-feira, 24, com um protesto e panfletagem marcados pelo Sindicato dos Transportadores Autônomos de Veículos Automotores e Correlatos com a ANTT no Estado de Pernambuco - SINTRAVE-PE.
A manifestação está marcada para às 8 horas, no Cais de Santa Rita, área Central do Recife.
LEIA TAMBÉM: » Mesmo sem Arco Metropolitano garantido, Fiat contratou empresa para logística e distribuição dos veículos “O objetivo do protesto é sensibilizar a opinião pública e as autoridades do setor para a reivindicação dos cegonheiros do Estado de transportar os veículos produzidos pela fábrica da FIAT, em Goiana, localizado na Zona da Mata Norte do estado.
A SADA Transportes e Armazenagens S/A, empresa de Minas Gerais, detém o monopólio sobre o transporte dos veículos da FIAT, priorizando a mão de obra mineira e impedindo a participação dos profissionais pernambucanos no escoamento da produção”, diz a entidade.
Luciano Pontes, vice-presidente do SINTRAVE-PE, diz que a categoria conseguiu da FIAT a autorização para realizar o transporte de parte dos veículos produzidos na fábrica de Goiana, mas a SADA não aceita um acordo. “Quando a FIAT escolheu Pernambuco para instalar sua fábrica, uma das reivindicações do então Governador Eduardo Campos foi exatamente a utilização da mão de obra do Estado.
Esse foi um acordo firmado entre governo e a FIAT.
A SADA, no entanto, que terceiriza esse serviço para a FIAT, colocou um caminhão travando o fluxo na estrada” reclama Luciano Pontes.
De acordo com os números do sindicato, atualmente, são 500 cegonheiros atuantes no Estado de Pernambuco, que movimentam cerca de 4.300 veículos por mês, totalizando uma arrecadação de impostos aproximadamente de R$ 390.000 mil, Luciano esclarece que pela existência da informalidade existente hoje fica impossível sobreviver ao mercado.
Embora pacífica a manifestação causará grandes transtornos para a população, que utiliza esse trajeto com destino as escolas faculdades e locais de trabalho.
Mais uma falta de respeito com a população perpetrada nesta república sindical.