Foto: Guga Matos/JC Imagem Os atos pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Recife dividiram as opiniões dos leitores do Blog de Jamildo no Facebook.
Enquanto uma parte defendeu as manifestações, outra criticou os movimentos.
A maioria dos que apoiam a manutenção de Dilma no governo fez uso do slogan #impitimameusovo, que vem sendo adotado nas redes sociais após o Carnaval.
A postagem teve centenas de comentários.
O discurso do PT de que o movimento seria um golpe foi reproduzido pelos defensores de Dilma. “Completamente contra.
Tirar Dilma seria um golpe.
Colocar Michel Temer uma catástrofe”, escreveu Manoel Serafim. “Quem elegeu a Dilma foi a maioria do povo brasileiro.
E isso têm que ser respeitado, ou teremos um golpe”, defendeu Romero Câmara.
O ponto de vista foi rebatido pelo grupo que é favorável à deposição da petista. “Golpismo é destruir um país e a esperança de seu povo”, disse Maria Eloiza Saez. “O único golpe que tô vendo é essa roubalheira de bilhões”, afirmou João Paulo Alves.
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O bloco dos pró-impeachment contou até com ex-eleitores do PT. “Votei em Lula e achava que o Brasil [ia estar] melhor no quesito corrupção e roubo - deu nisso aí”, se queixou Flávio Zirpl. “Recife e Pernambuco mostraram que estão com Dilma.
Este povo da direita ficou dizendo que Dilma iria perder no Estado e levou uma surra de 70%”, argumenta Marcelo Soares. “NÃO VAI MUDAR NADA” - Já dentre as pessoas que defenderam a continuidade da gestão Dilma, existe também gente como Elissandra Travassos, que diz ser contra porque a saída da presidente não vai mudar nada.
Já José Ribeiro acredita que os protestos viraram desculpa para se fazer baderna. “Com o Impeachment da presidente Dilma quem [vai] Assumir?
O que vai Acontecer pós Impeachment da Dilma?
Será que vai melhorar?”, questiona Fernando Moreira de Lima. “O problema não é ser a favor ou contra o impeachment da presidenta.
Trata-se de um expediente previsto na Constituição, um mecanismo institucional.
O problema está em saber se há motivo legal para iniciar o processo político-jurídico da espécie.
Eu não vejo, ao menos por enquanto, segurança em tese alguma que se sustente nesse objetivo”, escreve Roberto Nogueira. “Tirar um Presidente da República não é um exercício voluntarístico do imaginário individual, corporativo ou coletivo.
Trata-se de exercício cívico para os casos que de fato e de Direito comportem a inciativa”, defende o mesmo internauta.
Arte: Guilherme Castro/NE10