Foto: Rafael Medeiros/PSB Por Jamildo Melo, editor do Blog.

O senador Fernando Bezerra Coelho (FBC) deve ser eleito o próximo presidente nacional do PSB, no lugar de Carlos Siqueira, que assumiu o partido em meio a crise com a morte do ex-governador Eduardo Campos.

Lulista, Roberto Amaral, então presidente, tentou levar o partido para o barco de Dilma, mas acabou sendo jogado ao mar.

Ao ser eleito, Siqueira destacou que o PSB iria se engajar na campanha de Aécio Neves, mas que a aliança é circunstancial e programática. “O acordo já foi costurado pelas lideranças do partido.

A grande liderança do PSB é FBC.

Não é Geraldo Júlio nem Paulo Câmara.

Além das credenciais pessoais, ele tem trânsito nas bancadas da Câmara e no Senado.

Os governadores precisam de ajuda federal e Dilma, de apoio político”, afirma um aliado de FBC, sob reserva.

Ex-ministro da Integração Nacional no governo Dilma entre 2011 e 2013, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) articula nos bastidores um retorno do partido para a base aliada do governo federal.

Em artigo publicado no Blog de Jamildo, em janeiro, o parlamentar já advogava publicamente a reaproximação com o governo Dilma.

Um dos planos cogitados por Fernando Bezerra Coelho é ser vice do ex-presidente Lula (PT), caso ele seja candidato à Presidência da República nas eleições de 2018.

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Neste momento, FBC já demonstrou força ao ajudar a transformar Fernando Coelho, seu filho, como líder do PSB na Câmara dos Deputados.

Sob sua articulação, quatro dos seis senadores do PSB no Senado também não assinaram a CPI da Petrobras, retardando a implantação da iniciativa no Senado.

De acordo com aliados, FBC já conquistou o apoio das bancadas do Senado e da Câmara dos Deputados, além dos governadores, como Rodrigo Rollemberg, do DF, que assumiu o governo com o pires na mão.

Entre as lideranças, FBC já contaria com o aval de gente como Renato Casagrande.

Não se sabe o que Paulo Câmara e Geraldo Júlio acham da costura nacional.

Foto: divulgação A chapa eleita no ano passado é formada por Carlos Siqueira na presidência da legenda; o então governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara, na vice-presidência; o prefeito de Recife, Geraldo Júlio, na primeira secretaria nacional; o então governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, na secretaria geral e na Fundação João Mangabeira; o vice-governador eleito de São Paulo, Márcio França na tesouraria; além do atual líder da bancada na Câmara e vice na chapa presidencial de Marina Silva, Beto Albuquerque (RS), na vice-presidência de Relações Governamentais.

Sinais de rusgas com o governador de Pernambuco apareceram recentemente, na votação da Mesa da Câmara.

Geraldo Júlio e Paulo Câmara apostaram suas fichas no deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que luta pela sobrevivência na disputa pela presidência da Câmara, com apoio declarado dos tucanos.

Ocorre que perdeu para o candidato do PMDB, Eduardo Cunha.

Depois deste episódio, sem acesso a Dilma, apenas a ministros, Paulo Câmara deixou-se fotografar ao lado de Lula, em São Paulo, Movido pelo clima das eleições, o PSB deixou o posto de independente e assumiu o papel de oposição na Câmara.

Mas os ventos no Congresso indicam que o partido parece estar a cada dia mais próximo de reembarcar no governo.

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula Na eleição da Câmara, integrantes da bancada do próprio PSB chegaram a ser acusados de tentar puxar o tapete de Júlio Delgado na liderança do partido.

O deputado Fernando Filho teria disparado telefonemas pedindo apoio para assumir o cargo na próxima legislatura, com o esforço pessoal do pai.

O pano de fundo da disputa mais uma vez era justamente a reaproximação do PSB com o governo da presidente Dilma Rousseff, conforme defendeu abertamente o ex-ministro Fernando Bezerra aqui no Blog.

O Palácio depois vazou que o governador Paulo Câmara (PSB) também participou do processo e fez ligações para a bancada do PSB na Câmara Federal, formada por 34 deputados, para garantir a vitória do parlamentar pernambucano.

Nesta sexta-feira, Paulo Câmara recebeu o prefeito de Petrolina, Júlio Lossio, grande rival na política local e desafeto do grupo de FBC.

O encontro foi lido como um gesto ao seu vice, Raul Henry, também do PMDB como Lossio.

Depois de um café da manhã nesta semana, no Palácio, Paulo Câmara e FBC estarão juntos nesta segunda-feira em Bezerros, no Agreste do Estado.

Em agenda administrativa no município, o governador Paulo Câmara tocará ações do Governo do Estado nas áreas de turismo, infraestrutura e segurança hídrica.

A eleição para a presidência do PSB ocorre em 2017.

Foto: divulgação.