Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Por Jamildo Melo, editor do Blog Na próxima segunda-feira, o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, do PSB, terá uma reunião final com sua equipe para concluir o projeto da reforma administrativa que buscará implementar, com vistas à melhoria da gestão nos quase dois anos de mandato que lhe restam, antes de tentar a reeleição.

O prefeito bateu o martelo e decidiu desmembrar a área de desenvolvimento econômico da pasta ocupada hoje por Antônio Alexandre (Desenvolvimento e Planejamento Urbano .

Com o desmembramento, o técnico poderá se dedicar mais a temas importantes como projeto da Vila Naval e Cais José Estelita.

Depois de dois anos, a avaliação é de que a pasta de Antônio Alexandre ficou grande e o objetivo é acelerar a gestão como um todo.

O Democratas, do deputado federal Mendonça Filho, vai indicar a sua chefe de gabinete para o novo posto na PCR, que cuidará de incentivos fiscais e projetos para o Recife Antigo, por exemplo.

Com a reforma aprovada até o final do mês, o Democratas já participaria da gestão no começo de março.

Geraldo Julio vai enviar o projeto em regime de urgência à Câmara Municipal do Recife.

Desde que o ex-prefeito do Recife Roberto Magalhães perdeu, em 2001, o comando da PCR para o PT de João Paulo, os democratas haviam sido banidos do poder municipal, há 14 anos.

A chegada do DEM ao colo do PSB, no plano municipal, também pode ser interpretada como uma manobra para enfraquecer uma eventual postulação dos tucanos, capitaneados pelo deputado federal Daniel Coelho, do PSDB, depois do esfacelamento do PT no Recife, nas últimas eleições estaduais.

A aproximação com o Democratas, no plano local, também pode revelar alguma divisão entre os socialistas, considerando que uma parte do PSB defende reaproximação com Dilma, enquanto na capital pernambucana o partido alia-se a um partido da base oposicionista.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) quer colocar em votação já na próxima quarta (25) o projeto que dificulta a fusão de partidos.

De autoria do líder do DEM, Mendonça Filho (PE), a proposta visa barrar, no curto prazo, as movimentações políticas do ministro Gilberto Kassab (Cidades).

Cacique do PSD, o ex-prefeito de São Paulo trabalha nos bastidores e com o aval do governo para recriar o Partido Liberal.

Posteriormente, a ideia é fundi-lo ao seu PSD.

Se o projeto for aprovado, Eduardo Cunha imporá nova derrota ao Palácio do Planalto.

Isso porque o governo patrocina nos bastidores a criação de um novo partido para diluir o peso do PMDB dentro de sua base de apoio.

A proposta de Mendonça Filho, apoiada pela oposição e pelo PMDB, prevê que somente será permitida a fusão dos partidos após cinco anos de sua criação.