Apesar do reajuste de 4,5% na tabela do Imposto de Renda anunciado nesta sexta-feira (20) pela presidente Dilma Rousseff (PT), o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo (Sescon-SP) informa que a defasagem, que vem se acumulando desde 1996, chega a 64,28%.
No início do ano, Dilma vetou uma proposta de Mendonça Filho (DEM-PE) para que o reajuste fosse de 6,5%.
Para o Sindifisco Nacional, se o reajuste na tabela não tivesse sido feita abaixo da inflação desde 1996, a faixa de isenção estaria em R$ 2.936,94.
Na época, eram isentas pessoas que recebiam até oito salários mínimos; hoje a proporção é de menos de dois salários e meio. “A Receita Federal deveria corrigir a defasagem que se acumulou ao longo dos anos, além de fixar o reajuste de acordo com o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que em 2014, por exemplo, foi de 6,41%”, defende Sérgio Approbato Machado Júnior, presidente do Sescon-SP. “Do contrário, os grandes prejudicados serão sempre aqueles com menor renda e menos acesso à educação e saúde privadas, itens que garantem maior dedução na declaração”, explica.
Em 2015, devem ser entregues 27,5 milhões de declarações de imposto de renda para pessoas físicas.
Precisam entregar o documento trabalhadores que tenham rendimentos superiores a R$ 26.816,55 ou quem somaram no mínimo R$ 300 mil em bens em 2014.
O prazo para declaração vai de 2 de março a 30 de abril.