Hoje, Karla só pode ver a filha durante 1h30 a cada semana.

Foto: reprodução/Facebook Líder do PT no Senado, o senador Humberto Costa prometeu interceder junto ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para ajudar a pernambucana Karla Janine Albuquerque, 43 anos, a recuperar a guarda da filha Amy Katrin, nos Estados Unidos, que está sob a guarda do pai americano, Patrick Joseph Galvin, que é acusado por Karla de ter abusado sexualmente da filha.

Humberto também está marcando uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado para debater como o governo brasileiro pode interceder em favor de Karla, que chegou a ser presa em solo americano.

As iniciativas do senador partiram depois de um encontro dele com a avó de Amy, a defensora pública aposentada Kátia Albuquerque, no Recife, em que ela apresentou documentos adquiridos na Justiça americana que provariam os abusos cometidos contra a garota pelo pai.

LEIA TAMBÉM: » Luta de pernambucana para ficar com a filha na Flórida completa um ano Os documentos fazem parte dos arquivos do órgão que é o equivalente, nos Estados Unidos, ao conselho tutelar brasileiro e mostrariam provas dos abusos.

Patrick tem o nome incluído na lista de pedófilos dos Estados Unidos porque já foi acusado de violentar uma enteada e a filha mais velha.

Desde que se separou do marido, há três anos, Karla tenta conseguir a guarda de Amy na Justiça americana.

Ela chegou a ser presa depois de levar a filha da Flórida, onde Patrick vive, para o Texas, sem o consentimento do pai.

Para Humberto, o material apresentado pela família da mãe sustenta a versão de Karla. “Já mandei marcar uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado e também uma reunião com o Ministro das Relações Exteriores.

Vamos levar todos esses novos documentos para tentar resolver o caso”, afirmou.

Amy, de sete anos, voltou a morar com o pai em abril do ano passado.

Karla tem o direito de ver a filha uma vez por semana, por 1h30.

Ela não pode falar em português e nem falar com a filha sobre a relação dela com o pai. “Não vou desistir da minha filha.

Esse foi o pior ano da minha vida, mas tenho forças para continuar lutando”, disse Karla no início do ano em entrevista ao Portal NE10. “Dentro do possível, busco orientar Amy para que não sofra mais abusos.

Mas, infelizmente, não tenho como saber se isso acontece.

Sei que hoje o pai dela lhe enche de presentes e passeios divertidos.

Mas acho que isso é só para conquistá-la.

Tenho muito medo”, revelou a mãe.

Karla criou uma petição no site Change.org para tentar sensibilizar a justiça americana que já tem mais de 137,3 mil apoiadores.

Ela também criou a página Welovekarlaamy para divulgar o caso.