Foto: JC Imagem Por Ayrton Maciel Do Jornal do Commercio desta sexta-feira (13).

Uma conta difícil de calcular e confusa para explicar.

Sem o detalhamento de valores pelo governo do Estado, as despesas com a Arena Pernambuco podem chegar a R$ 2,6 bilhões, nos próximos 28 anos, prazo que resta para a conclusão dos contratos com o Consórcio Odebrecht.

Ao remanejar R$ 93,8 milhões do Orçamento Fiscal de 2015 ­ via projeto de lei (PL) na Assembleia ­ para indenizar ainda a construção e custear a manutenção 2014/2015 da Arena, o governador Paulo Câmara (PSB) reabriu a polêmica sobre o valor final da obra e a estimativa do custo da administração até 2043.

LEIA TAMBÉM: » Arena Pernambuco ganha mais R$ 93,8 milhões do Governo do Estado » Na Alepe, oposição entra com pedido de informação sobre custos da Arena Pernambuco De acordo com dados do Portal da Transparência do Estado, o governo pagou, em 2013, ano da entrega da Arena, R$390,7 milhões ao consórcio ­ dinheiro obtido por financiamento ­, pagou R$ 87 milhões em 2014 e já antecipou R$ 30 milhões dos R$ 93,8 milhões previstos no PL que chegou terça­feira (10) à Alepe.

Uma soma de $ 507 milhões, sem contabilizar os R$ 63,8 milhões que restam para este ano.

Em números brutos, multiplicados os R$ 93,8 milhões por 28 anos, a conta chega a R$ 2,6 bilhões, em dinheiro de hoje, a serem pagos ao consórcio construtor e administrador da Arena da Copa.

O PL que está na Alepe muda o orçamento de 2015, anulando verbas de secretarias e as remanejando para outras.

Os R$ 93,8 milhões estão incluídos no montante total de R$ 202 milhões remanejados, sendo que R$ 37,2 milhões são para indenização da obra e R$ 56,5 milhões para a manutenção 2014/2015.

No ano passado, a indenização e o custeio levaram R$ 87 milhões.

No Portal de Acompanhamento de Gastos da Copa de 2014, da Câmara Federal e Senado, o custo estimado da obra era de R$ 532,6 milhões, em 15 de junho de 2010, data da contratação.