Marcas do fogo nas paredes das casas vizinhas ao acidente em Santos.
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Passados seis meses da morte trágica do ex-governador Eduardo Campos (PSB) e de outros seis ocupantes, o cenário no local onde aconteceu a queda do avião, na cidade de Santos, ainda guarda marcas do acidente aéreo.
Paredes pretas com manchas do fogo, entulhos e muita sujeira retratam a paisagem das casas vizinhas ao trecho onde caiu a aeronave.
Para o dono da academia Benedito Juarez Câmara, 69 anos, um dos proprietários mais impactados pelo acidente, o momento é de reconstrução.
Ele ainda não recebeu indenização, mas começa a retomar a reforma do estabelecimento, com a ajuda de amigos e com as economias.
Quanto às causas do acidente, o MPF (Ministério Público Federal) em Santos descartou por ora a responsabilização dos pilotos pela queda da aeronave que matou o presidenciável Eduardo Campos.
Segundo o procurador da República Thiago Lacerda Nobre, que acompanha o andamento do inquérito policial sobre o caso, ainda não é possível apontar a causa exata da queda, embora a apuração já tenha permitido excluir algumas hipóteses, como a absorção de aves pela turbina.
O acidente aconteceu na esquina das Ruas Vahia de Abreu e Alexandre Herculano, no bairro Boqueirão.
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O MPF informa que há evidências de que procedimentos de voo não foram respeitados quando o jato se aproximou de Santos para o pouso.
No entanto, as condições climáticas na região podem ter interferido na condução da aeronave, e não se sabe se os pilotos do o jato Cessna 560XL prefixo PR-AFA haviam sido comunicados sobre essas mudanças do tempo.
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Sem os dados da caixa preta disponíveis, o MPF afirma que ainda não foi possível descobrir o conteúdo do diálogo entre eles nos minutos que antecederam o acidente.
Informações preliminares indicam que a gravação de voz na cabine não foi realizada, o que dificulta a investigação.