Deputado Sérgio Reis.
Foto: PRB/Divulgação.
Há duas semanas na Câmara, o agora deputado Sérgio Reis (PRB-SP) ainda está se ambientando com os melindres e regras - veladas ou não - do Congresso Nacional.
O sertanejo, porém, parece mais entrosado com os integrantes da oposição do que com seus parceiros de partido, o governista PRB.
Sérgio grita em alto e bom som aquilo que os oposicionistas sussurram, alguns ainda de maneira constrangida: a defesa do impeachment da presidenta reeleita Dilma Rousseff (PT). “Não podemos mais ficar assim.
Tem de ter impeachment e dar satisfação sobre o que fizeram com o dinheiro.
Este pessoal está quebrando o Brasil.
Este povo não é dono do país.
Este país é do povo que trabalha”, grita o deputado, do alto de seus quase dois metros de altura, em entrevista ao Congresso em Foco.
Eleitor de Aécio Neves (PSDB) nos dois turnos da disputa presidencial, apesar de seu partido ter apoiado a reeleição de Dilma e integrar o governo, Sérgio Reis classifica as irregularidades apontadas pela Operação Lava Jato, na Petrobras, como “o maior rombo do planeta” e diz não acreditar que Dilma e Lula não soubessem dos desvios. “Ela foi presidente do conselho da Petrobras.
Se ela não sabe de nada, se o Lula não sabe de nada, que mudem de emprego.
São incompetentes.
Se você não controla sua casa, muda, vai pra outra”, dispara.
Até lideranças da oposição, como o próprio Aécio e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) admitem que não há elementos políticos ou jurídicos atualmente para o impedimento da petista.
Os governistas alegam que qualquer tentativa nesse sentido é um golpe.
Sérgio discorda. “O PT que criou essa situação delicada para o Brasil.
Não queremos bagunça no país, não queremos tirar a presidente, mas queremos paz.
Do jeito que está, não conseguimos.