Foto: Agência Senado Adversário da presidente Dilma Rousseff (PT) nas eleições do ano passado, o senador Aécio Neves (PSDB) defendeu, em entrevista à Folha de S.

Paulo, os setores da oposição que têm defendido um pedido de impeachment, apesar de afirmar que o tema não está na pauta do PSDB.

O PT tem classificado o movimento como golpista. “Não está na pauta do nosso partido, mas não é crime falar sobre o assunto, como fez o senador Cássio Cunha Lima”, afirmou Aécio.

No Senado, o paraibano Cássio Cunha Lima (PSDB) chegou a bater boca com Lindemberg Farias (PT-RJ) depois que declarou, no plenário, que a discussão sobre o impeachment é legítima. “Desconhecer que há um sentimento de tamanha indignação na sociedade é desconhecer a realidade”, afirmou Aécio, que também chamou Dilma de “covarde” por não ter tido coragem de assumir as medidas negativas anunciadas pelo governo.

Para o tucano, existem dois sentimentos hoje na sociedade.

A indignação de quem não votou em Dilma e vê ela fazer o que disse que os adversários fariam e a frustração de quem votou nela achando que o governo teria uma atuação diferente.

Aécio diz não enxergar elementos jurídicos ou políticos para um pedido de impeachment no momento, mas diz que a situação deve se complicar nos próximos meses, com o escândalo da Petrobras e a instabilidade no Congresso.

No ano passado, Dilma foi reeleita em um segundo turno apertado contra o senador mineiro.

A presidente teve 51,64% dos votos, contra 48,36% do tucano.