Rebelião no Curado nesta segunda-feira (19) deixou um sargento da PM morto.
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem.
Uma medida de emergência tomada durante as rebeliões nos presídios do Recife está gerando reações negativas dentro da Associação dos Defensores Públicos do Estado de Pernambuco (Adepepe).
A entidade enviou uma nota, nesta quarta-feira (11), em que repudia a seleção simplificada feita para Secretaria de Ressocialização (Seres) contratando 20 advogados para realizar funções exercidas por um defensor público.
A celeuma se deve ao fato de os profissionais serem contratados sem a necessidade de concurso público. “Com concurso público em andamento e prestes a ser concluído, não há motivo para priorizar a contratação temporária em detrimento às nomeações nos cargos efetivos dos defensores”, afirmou o presidente da entidade, Edmundo Siqueira Campos.
O certame para cargos efetivos também oferece 20 vagas.
A associação acredita que o incentivo às contratações temporárias torna precário o sistema de defesa daqueles que são pobres na forma da Lei e usurpa uma função institucional da Defensoria Pública.
A classe avalia que a contratação desses advogados contribui ainda mais para a desvalorização do trabalho a ser executado pelos defensores públicos do Estado em defesa da população. “A entidade espera um posicionamento do Defensor Público-Geral, pois essa prática já foi feita em anos passados!”.