O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), avaliou nesta quarta (11) que o Supremo Tribunal Federal “fez justiça” ao ter arquivado inquéritos que investigavam a participação do deputado federal Rodrigo Garcia (DEM-SP) e ex-deputado federal José Aníbal (PSDB-SP) em suposto esquema de pagamento de propinas em obras do metrô em São Paulo.
Para Alckmin, não havia “nenhum fato concreto” na denúncia feita contra seus aliados e ex-auxiliares.
Os dois passaram a ser investigados após depoimento do ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer.
O executivo disse à Polícia Federal, em 2013, que tratou pessoalmente de propina com Rodrigo Garcia e com um interlocutor de José Aníbal.
O caso começou a ser discutido no ano passado.
Em setembro, quando votou, o ministro relator, Marco Aurélio Mello, disse que não ficou comprovado o envolvimento dos dois políticos –que foram secretários de governo de São Paulo– no episódio. “Eu acho que se fez justiça.
Havia uma denúncia nunca comprovada e sem nenhum fato concreto. É isso que todo mundo quer, que tenha transparência e que tenha investigação”, disse.
O tucano afirmou que até agora não convidou nenhum dos dois para voltar ao governo.
A tendência é de que Garcia assuma a Secretaria da Habitação, e Aníbal, a de Cultura. “Os dois são bons nomes e vamos avaliar a questão depois do Carnaval”, declarou.
Em julho de 2013 a Folha de S.Paulo revelou que a Siemens delatou a existência de um cartel em licitações do Metrô de São Paulo e da CPTM.
Documentos entregues ao Cade mostravam que o governo estadual, controlado pelo PSDB, teria dado aval ao conluio.
A Siemens nega ter pago propina a políticos.