Foto: BlogImagem Uma das principais lideranças históricas do PMDB, o ex-senador Pedro Simon (RS) afirmou nesta terça-feira (10), em entrevista à Rádio Jornal, no Recife, que existe a possibilidade de o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acatar um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

No início do mês, o Blog de Jamildo revelou que, em conversas com deputados pedindo voto na disputa interna, Cunha disse que colocaria o pedido de impeachment em discussão. “O impeachment é um instituto muito simples, em tese.

Qualquer parlamentar entra com um requerimento, dizendo qual é o artigo em que o presidente está incluído.

No caso da Dilma, seria esse descalabro na Petrobras”, disse Simon. “E vai para o presidente.

Aí já tem o primeiro problema.

Todo mundo desconfia que o presidente da Câmara é capaz de aceitar.

E ele tem poder para isso, para aceitar o impeachment, instalar a comissão”, afirmou o peemedebista.

LEIA TAMBÉM: » Eduardo Cunha diz que, se for eleito, colocará em discussão um eventual pedido de impeachment de Dilma » Pedido de impeachment de Dilma é golpe, diz Eduardo Cunha » Presidente do PT diz que parecer sobre impeachment é ‘flerte com o golpismo’ A possibilidade de uma discussão nacional sobre a deposição da presidente preocupa Simon. “É simples, mas as consequências são dramáticas”, avalia.

Ele lembra, por exemplo, que há um movimento nacional para atos a favor do impeachment no próximo domingo (15) em todo o País.

E que o PT já prepara uma reação, acusando a mobilização de golpe.

Em conversa com o Blog de Jamildo após a entrevista, Simon disse que o embate em torno do tema pode dar uma confusão cujo resultado será o pior possível. “Nós não podemos sair discutindo sobre o impeachment.

Nós deveríamos sair discutindo os problemas do Brasil.

Depois, tudo pode acontecer”, pondera.

Foto: BlogImagem LULA 2018 - Pedro Simon falou ainda sobre a possibilidade de o ex-presidente Lula (PT) disputar a Presidência da República em 2018. “Não tenho nenhuma dúvida de que ele gostaria disso.

Mas ele deve estar sentindo que isso está cada vez mais longe”, explica o ex-senador. “Não vejo componente hoje para dar o Lula lá atrás”, avalia ainda Simon, que vê um cenário muito ácido e acredita que o PT está numa situação política muito complicada.