Por Adriano Oliveira, especial para o Blog de Jamildo A tempestade atinge o governo Dilma.
A tempestade abala a imagem de Dilma.
Pesquisa Datafolha (08/02/2015) revela que 44% dos brasileiros reprovam o seu governo.
As expectativas econômicas dos brasileiros estão pessimistas: (1) 81% consideram que a inflação aumentará; (2)62% afirmam que o desemprego crescerá; (3) e 55% asseveram que a condição econômica do país piorará.
No âmbito do Escândalo da Petrobrás, 77% dos brasileiros acreditam que Dilma tinham conhecimentos dos escândalos de corrupção na Petrobrás.
No que condiz a imagem da presidente, 47% considera-a desonesta e 54% falsa.
Portanto, existe déficit de aprovação do governo e da imagem de Dilma Rousseff.
Diante de tais dados, é possível considerar a hipótese de impeachment da presidente da República?
Sim.
A análise do possível impedimento de Dilma Rousseff requer a interpretação das ameaças que estão presentes e as que estão por vir.
Neste instante, Dilma está frágil no Congresso Nacional.
A vitória de Eduardo Cunha (PMDB) para presidente da Câmara dos Deputados e o bom desempenho do senador Luiz Henrique (PMDB) na eleição para a presidência do Senado revelam a fragilidade da presidenta.
O desgaste da imagem do governo Dilma e da sua imagem revelados pela pesquisa do Datafolha (08/02/2015) mostram que entre os eleitores a Operação Lava Jato ocasionou transtornos para a presidente.
O que a Operação Lava Jato revelará mais?
Esta é a indagação chave.
Será que mais eventos surgirão ao ponto de aumentar a impopularidade de Dilma?
Outra indagação necessária.
A ameaça de racionamento de energia e o pessimismo econômico da maioria dos eleitores representam combinação explosiva para incentivar o aumento da reprovação da presidente entre os eleitores.
Entretanto, o aumento da reprovação, caso ocorra, possibilitará intensas e grandes manifestações populares?
A atual impopularidade da presidente Dilma permitirá intensas e grandes manifestações?
São as possíveis ocorrências de manifestações populares que ameaçarão fortemente o governo Dilma.
Caso ações nos âmbitos político e econômico não sejam realizadas pela presidente, as quais possibilitem efeitos positivos, as condições de hoje permanecerão.
E assim ocorrendo, o impedimento da presidente Dilma será uma realidade.
O fortalecimento da tese do impedimento de Dilma Rousseff depende do mercado, da imprensa, do Congresso Nacional e dos eleitores.
Medidas que atendam os desejos do mercado possibilitam noticiário positivo.
Superação dos desafios econômicos também.
Por consequência, parlamentares inquietos tendem a se acalmar.
Assim como os eleitores.
Porém, se estes decidirem ir às ruas, mercado, imprensa e parlamentares ficarão extremamente inquietos.
Com isto, o impedimento de Dilma poderá acontecer.