Na Folha de São Paulo O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avisou aos aliados que pretende concorrer à Presidência em 2018 e que cumprirá uma agenda de viagens depois do Carnaval.
O ex-presidente autorizou petistas a trabalhar por sua candidatura, desde que o movimento não seja atribuído a ele.
Ele disse a governadores que, em vez de se dedicar a viagens de curta duração, planeja se fixar por um período em cada Estado para mobilizar as bases partidárias.
Após o Carnaval, Lula vai se lançar nessa maratona. “Ele ficará uma temporada nos diferentes Estados”, diz o governador do Piauí, Welington Dias.
O gesto expressa sua tentativa de amortizar a crise que o PT atravessa desde a explosão do escândalo da Lava Jato, em março de 2014, e debelar disputas internas no partido.
Com o recado, Lula tenta desencorajar a precipitação de outras candidaturas.
O petista também atende a apelos de colaboradores, apreensivos com o impacto da crise no partido.
Segundo esses, Lula tem manifestado preocupação com o cenário econômico e com o evidente desgaste sofrido pelo PT durante o governo Dilma. “O país está atolado numa crise.
Este modelo de governança esgotou o prazo de validade e existe um terreno fértil para salvadores da pátria, corruptores e corruptíveis”, avaliou o senador Jorge Viana (AC), que esteve com Lula na quinta-feira.