Fórum dos Servidores Estaduais CUT-PE Na última quinta-feira, 05 de fevereiro, no final da tarde a Central Única dos Trabalhadores recebeu ofício da Secretaria de Administração de Pernambuco suspendendo reunião com o Fórum dos Servidores Estaduais da CUT-PE.
A reunião seria a primeira no atual mandato.
A suspensão da reunião, em cima da hora, reflete a perplexidade do governo diante do quadro estadual.
Quadro agravado porque em diversos momentos o governo não aceitou negociar questões importantes, como: convocação de concursados (hoje são quase 30 mil pessoas contratadas temporariamente), grande contingente dos servidores está entre os menores salários do país e, o vale-refeição congelado há seis anos e meio.
Aliás, o debate em torno do vale-refeição é um exemplo de como o governo tem sido dúbio.
Em diversas reuniões da Mesa Geral, ocorridas no primeiro semestre de 2014, a Secretaria de Administração externou que as negociações referentes aos benefícios poderiam se estender até o início de junho, sem prejuízo perante a legislação eleitoral e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Isso afirmado diante da presença de diversos secretários de estado e da Procuradoria Geral do Estado, com o aceite dessa.
Porém, para acabar com a greve da Polícia Militar e Corpo de Bombeiro Militar, em maio de 2014, a Procuradoria de forma contraditória emitiu parecer negando o reajuste do vale refeição por causa da citada legislação.
Em consequência, também foi negado o reajuste para os servidores civis.
Neste início de fevereiro persistem várias perguntas: o Estado vai convocar as pessoas já aprovadas em diversos concursos, os quais estão próximos dos seus prazos de validade?
Será que tem resposta para melhorar as condições de trabalho e, em consequência, melhorar a qualidade do serviço público?
Continuará pagando a um grupo de servidores remuneração menor que o salário mínimo?
O vale refeição completará mais um ano de congelamento?
Toda essa pauta, e mais, foi transferida para o início de 2015.
Suspender a negociação sem um motivo plausível deixa transparecer que o governo não tem respostas para os servidores e para a sociedade.
A pauta advinda de anos anteriores soma-se a outras questões recentes, por exemplo: o governo não ter enviado para a Assembleia Legislativa Projeto de Lei de reajuste do Piso do Magistério, que pela legislação federal entrou em vigor em primeiro de janeiro; quais as propostas para as categorias da segurança púbica, notadamente em um momento em que cresce a violência, com rebatimento na saúde pública?
Isso para ficar nas áreas citadas, pelo governo, como prioritárias. É possível que depois do carnaval o governo tenha que dar mais respostas.