Obras estão paradas no presídio de Itaquitinga.

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem.

Sem dar trégua ao governador Paulo Câmara (PSB), que está há pouco mais de um mês no cargo, a bancada de oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) inicia nesta segunda-feira (9) uma nova jornada para apontar as fragilidades do governo do Estado.

Os parlamentares vão iniciar uma série de visitas às obras inacabadas deixadas pela gestão estadual.

O Centro Integrado de Ressocialização de Itaquitinga, na Mata Norte, será o ponto de partida das ações dos oposicionistas.

Primeiro projeto do sistema penitenciário de Pernambuco a seguir o modelo de Parceria Público Privada (PPP), o presídio de Itaquitinga começou a ser erguido em 2009, e amarga hoje um atraso de quase quatro anos, com um histórico de paralisações, falência da empresa privada responsável pela construção e administração, falta de pagamento a fornecedores e demissões de trabalhadores.

Só a fornecedores, estima-se existir uma dívida em torno de R$ 50 milhões. “Este seria o maior complexo prisional de Pernambuco, mas hoje é o grande exemplo de uma PPP que fracassou no país”, afirma o líder da bancada de oposição, deputado estadual Silvio Costa Filho.

INTERVENÇÃO - No último dia 28, o governador Paulo Câmara (PSB) declarou estado de emergência no sistema penitenciário do Estado, por meio de decreto.

De acordo com o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, o Estado vai assumir as obras do presídio.

Segundo o secretário, o governo fará o inventário e ficará responsável pela guarda do patrimônio.

O presídio de Itaquitinga tem capacidade para receber 3,5 mil presos.