Foto: Andrea Rego Barros/PCR Do JC Online Com o intuito de fortalecer algumas áreas da sua gestão, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), vai fazer alterações no organograma da Prefeitura.

Nos próximos dias, o gestor vai enviar o projeto com as modificações da estrutura interna para votação na Câmara Municipal.

Já está definido que a Secretaria de Desenvolvimento e Planejamento Urbano será desmembrada, formando duas áreas distintas.

Com a mudança, a nova pasta de Planejamento Urbano terá como foco a regulamentação do Plano Diretor do Recife.

Outras alterações no organograma estão sendo avaliadas.

O atual secretário Antônio Alexandre deve ficar com a pasta de Planejamento.

O titular já está engajado nas discussões sobre o Plano Diretor, que devem ser intensificadas este ano.

A gestão quer dar foco no assunto para evitar que a temática seja interrompida pelas discussões eleitorais do próximo ano.

Para a nova Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o prefeito Geraldo Julio está analisando qual será o nome que irá assumir a função.

A expectativa é que um técnico seja indicado para o cargo.

Com o foco na área de Planejamento Urbano, a gestão promete tirar do papel as diretrizes que regem o Plano Diretor do Recife, que na prática não funciona.

O compromisso foi assumido na campanha de 2012.

Já que existe a necessidade de atualizar o documento, o Executivo municipal estima que até março seja lançado o edital para a revisão do plano.

Uma empresa será contratada para fazer o estudo das principais demandas da área.

Com a análise em mãos, a Prefeitura do Recife dará início ao processo de discussão sobre a revisão do plano.

Também será feito um levantamento para nortear quais as mudanças necessárias para efetivação da Lei do Uso e Ocupação do Solo, que vigora desde 1996, mas ainda não tem eficácia no Recife.

Com o prazo de validade de dez anos, o Plano Diretor foi aprovado em 2008, no governo do então prefeito João Paulo (PT).

No entanto, o documento precisa de leis complementares para que possa funcionar efetivamente.

Na época, havia uma promessa da gestão de regulamentar as leis adjuntas em até dois anos.

Como nada foi feito, a cidade passou por um processo de crescimento desordenado e corre contra o tempo para evitar maiores complicações urbanísticas.