Foto: Wilson Dias/Agência Brasil O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, deve assumir o comando da Petrobras após a renúncia de Graça Foster em meio à crise instalada na estatal com as denúncias de desvio de dinheiro para pagamento de propina a políticos investigadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Bendine teria sido escolhido pela presidente Dilma Rousseff (PT) pela falta de um nome mais ligado ao mercado que tivesse aceitado comandar a petrolífera.

A estimativa é que a corrupção tenha desviado R$ 88,6 bilhões da companhia.

O nome do sucessor de Graça Foster deve ser anunciado oficialmente apenas depois do fechamento da Bovespa (Bolsa de Valores do Estado de São Paulo), às 17h no horário de Brasília.

O ex-presidente Lula trabalhava pelo nome do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.

LEIA TAMBÉM: » Graça Foster renuncia à presidência da Petrobras » Lula quer Henrique Meirelles na presidência da Petrobras, diz Folha » Nova denúncia à PF diz que US$ 200 milhões da Petrobras foram desviados para caixa do PT Aldemir Bendine chegou à presidência do Banco do Brasil em 8 de abril de 2009, substituindo Antonio Francisco de Lima Neto.

Ele foi escolhido pelo ex-presidente Lula (PT) com o objetivo de reduzir juros e aumentar o crédito e é visto como um aliado do Palácio do Planalto, o que pode gerar resistência no mercado.

Formado em Administração pela PUC-Rio, Bendine é servidor de carreira do Banco do Brasil.

Ele foi vice-presidente de Cartões e Novos Negócios de Varejo no BB.

Bendine também já presidiu a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e Associação Brasileira das Empresas de Cartões e Serviços (Abecs).

Nascido em Paraguaçu Paulista, em São Paulo, ele entrou no Banco do Brasil como estagiário aos 15 anos.

Sua gestão na presidência do BB foi marcada por atritos com o fundo de previdência Previ.

Ele adquiriu o controle da Nossa Caixa, adquiriu metade do Banco Votorantim e incorporou 51% do Banco da Patagônia, na Argentina.

No início do ano, Bendine chegou a ser cotado para comandar o Bando Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).