Em um jantar após a sua posse, em Brasília, perguntei ao novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, como a sua pasta poderia ajudar Pernambuco economicamente.
A primeira pergunta que me ocorreu foi questionar se não podia usar sua influência para tirar do papel o arco metropolitano, promessa que Dilma não conseguiu tirar do papel.
Monteiro me cortou, explicando que a obra era de infra-estrutura e que estava afeita a outro ministério, quando a missão de sua pasta era promover as exportações.
Eu ainda retruquei, argumentando que, sem o Arco, Suape e a Fiat não poderiam exportar mais.
Não falei tanto quanto gostaria com o ministro, mas fico feliz em saber que ele parece ter mudado de ideia.
Nesta sexta-feira, no Recife, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, participou de uma reunião envolvendo os prefeitos e representantes de municípios da área norte da Região Metropolitana do Recife.
Na pauta do encontro, o traçado da rodovia que deve desafogar o trânsito e facilitar o escoamento da produção industrial entre o Porto de Suape, no sul do Estado, e o Litoral Norte.
Participaram da reunião os prefeitos de Paulista, Júnior Matuto, de Igarassu, Mário Ricardo; de Itapissuma, Cal Volia; de Paulista, Júnior Matuto, e de Araçoiaba, Joamy Alves e um representante da Prefeitura de Abreu e Lima.
Os prefeitos defendem que o Arco tenha como ponto de chegada o trecho da BR-101 no município de Igarassu e não em Goiana, como está sendo previsto.
De acordo com a argumentação deles, isso evitará que Igarassu, Itapissuma, Abreu e Lima, Paulista e Araçoiaba sejam excluídos do território beneficiado pela obra rodoviária.
Isso também afastaria a possibilidade de criação de novos pontos de congestionamento, evitando o uso da BR-408 como parte do Arco Metropolitano. “Para ser considerado um Arco Metropolitano de fato, a rodovia precisa também atender aos municípios do Litoral Norte.
Nesse encontro, o ministro se mostrou sensível ao nosso pleito e temos certeza de que o novo traçado atenderá a cidade do Paulista, gerando mais desenvolvimento para toda a região”, afirmou Junior Matuto.
O ministro explicou que a solução técnica construída pelos cinco prefeitos é social e economicamente adequada.
Pode até render votos no futuro. “Não podemos excluir um território importante de Pernambuco, onde já temos uma presença de muita densidade econômica e de muita importância social”, ressaltou, explicando que atuará no governo federal, junto com os prefeitos, para viabilizar a proposta. “Que é afinal a que mais contempla o interesse de Pernambuco”, na sua avaliação.