Do Jornal do Commercio desta sexta-feira (6) Entre as medidas emergenciais para evitar racionamento, o Ministério de Minas e Energia informou ontem que, para economizar energia, o governo estuda ampliar o período do horário de verão este ano, que terminaria no próximo dia 22.

De acordo com o ministro Eduardo Braga (Minas e Energia), o tema está sendo estudado há três semanas pela Agência Nacional de Energia Elétrica, Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e pela Secretaria de Energia do ministério.

O horário de verão é adotado no Sudeste, Centro-Oeste, Sul, além do Distrito Federal.

MERCOSUL - Em meio à crise do setor elétrico e à necessidade de o País importar energia de países vizinhos para abastecer o consumo nacional, o Brasil acaba de abrir mais uma rota para comprar geração de países vizinhos.

O Ibama liberou a operação de uma nova rede, que interliga Brasil e Uruguai.

A malha parte de uma subestação no município de Candiota (RS) e segue até a divisa com o Uruguai.

Em janeiro, o Brasil utilizou linhas que chegam à Argentina para importar energia e garantir o abastecimento do País, que tem registrado recordes históricos de consumo neste ano.

O Brasil já conta com interligações com o Paraguai, Argentina e com o próprio Uruguai.

A nova rede de transmissão amplia a capacidade de intercâmbio entre os dois países.

FINANÇAS - Um eventual racionamento de energia deve fazer com que o governo adie o cumprimento das metas fiscais, segundo relatório do banco Credit Suisse.

O documento, divulgado aos clientes ontem, afirma que a probabilidade de que haja racionamento é agora de 53,6% - a previsão anterior do banco era de 40%. “Se a restrição de energia tiver de ser imposta neste ano, haverá uma contração maior que a prevista na economia, reduzindo as receitas tributárias do governo”, diz o Credit Suisse.