O ex-deputado federal Fernando Ferro (PT), que não se reelegeu em 2014, usou uma rede social para rir da crise da Petrobras, nesta sexta-feira (06). “O partido da imprensa golpista querendo que a presidente Dilma coloque um tucano na Petrobrás … risos”, postou o ex-deputado.
Fernando Ferro se referia a indicação de Henrique Meirelles, ex-deputado federal pelo PSDB, que era o nome mais falado para a Petrobrás.
Meirelles, que foi presidente do Banco Central no governo Lula, estava sendo cotado pelos jornais.
O que Ferro não esclareceu, contudo, é que o padrinho da indicação de Henrique Meirelles era o ex-presidente Lula, líder maior do PT.
Em outra declaração polêmica, Fernando Ferro criticou o Governo Federal, na pessoa do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT). “Setores da Polícia Federal, viraram uma síntese de SS com KGB, virando um Estado dentro do Estado.
Acorda Ministro da Justiça !!!”, criticou Ferro.
Neste ponto, o ex-deputado ecoou as críticas de setores petistas de que a Polícia Federal trabalha contra o partido.
Não é a primeira vez que Fernando Ferro critica petistas em redes sociais.
Conforme noticiou o jornal O Globo, nesta segunda-feira (02), Fernando Ferro acusou o deputado federal Cândido Vacarezza (PT-SP) de demonstrar contentamento com a eleição de Eduardo Cunha (PMDB), para presidente da Câmara dos Deputados.
Cunha impôs uma humilhante derrota ao PT.
Ferro foi duramente repreendido por Vacarezza. “Calma, você me conhece, não me falte com o respeito.
Não fica bem para a nossa história”, disse Vacarezza ao colega pernambucano.
Com a reprimenda de Vacarezza, Fernando Ferro apagou as postagens da rede social.
Após ser derrotado nas urnas em outubro, Fernando Ferro pleiteou, nos bastidores, um cargo de segundo escalão no Governo Federal, junto com os petistas também derrotados João Paulo, Pedro Eugênio, João da Costa e Mozart Sales.
Nenhum deles foi contemplado até agora pelo Palácio do Planalto.
As críticas do ex-deputado Fernando Ferro ao Governo Federal vêm logo depois do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), definir que só aceitará nomeações para o segundo escalão que contribuam com votos no Congresso, o que deixaria Fernando Ferro de fora, na planície.