Foto: Antonio Cruz/ABR Com Folhapress A presidente da Petrobras, Graça Foster, e outros cinco diretores da empresa renunciaram ao cargo, informou a estatal nesta quarta-feira (4).
O ex-presidente Lula (PT) deve sugerir à presidente Dilma Rousseff (PT) que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles seja indicado para o cargo.
Em comunicado emitido na manhã desta quarta, a empresa afirma que “o Conselho de Administração se reunirá na próxima sexta-feira, dia 06.02.2015, para eleger nova Diretoria face à renúncia da Presidente e de cinco Diretores”.
O comunicado atende a pedido da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a xerife do mercado financeiro, a respeito de reportagem da Folha de S.Paulo desta terça (3), informando que o Palácio do Planalto já havia informado Graça de que ela seria substituída no cargo.
LEIA TAMBÉM: » Lula quer Henrique Meirelles na presidência da Petrobras, diz Folha » Ações da Petrobras sobem mais de 15% com saída de Graça Foster » Graça Foster não tinha mais condição de presidir Petrobras, diz Mendonça Filho A permanência de Graça Foster no comando da Petrobras se tornou insustentável depois do imbróglio envolvendo a divulgação do balanço financeiro da estatal em 2014, que deixou de levar em conta os prejuízos com os desvios de corrupção investigados pela Operação Lava Jato.
A estimativa é que o rombo chegue a R$ 88,6 milhões.
Graça Foster tem 61 anos.
Ela entrou na estatal como estagiária e foi a primeira mulher a se tornar presidente da Petrobras, em 2012.
Graça Foster é formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), tem mestrado em Engenharia Química e Engenharia Nuclear pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além de MBA pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Antes de chegar à presidência, Graça Foster foi diretora de Gás e Energia da estatal.
Ela também foi presidente da Petroquisa e da Petrobras Distribuidora.
Entre 2003 e 2005, Graça Foster foi secretária de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, onde se tornou um dos braços direitos da então ministra Dilma Rousseff.