Antes mesmo da queda de Graça Foster nesta quarta, o senador Aécio Neves (MG) já coletava nesta terça-feira (3) assinaturas para criação de uma nova CPMI para investigar a fundo as denúncias de corrupção na estatal.

Ao falar sobre os prejuízos causados pelo escândalo à empresa, Aécio criticou a gestão atual da companhia e defendeu o aprofundamento das investigações no Congresso. “O problema da Petrobras, além da corrupção, é um problema gravíssimo de governança.

Assistimos isso com os prejuízos sucessivos, agravados agora por esses referentes às refinarias iniciadas no Nordeste, que já contabilizam no prejuízo da Petrobras alguma coisa em torno de mais de R$ 2 bilhões.

E quem responde por isso?

Ninguém?

Não. É por isso que já estamos iniciando a coleta de assinaturas para que a nova CPMI seja instalada.

Queremos saber quem foram os responsáveis diretos ou indiretos por todas essas irresponsabilidades, além das falcatruas que ocorreram na Petrobras”, disse Aécio Neves em entrevista no Senado.

Antes da demissão de Graça Foster, Aécio Neves afirmava que Dilma permitiu que a presidente da Petrobras assumisse o desgaste pela crise na empresa como forma de se defender. “O que ela fez com a presidente Graça Foster não se faz com um inimigo.

Permitiu que ela assumisse um desgaste enorme ao longo desse último período, como se isso pudesse defendê-la ou pudesse de alguma forma anistiá-la das suas responsabilidades.

E no momento em que fica insustentável a presidência de Graça Foster, ela anuncia ou pelo menos sinaliza com a sua saída”, criticou o presidente do PSDB.

Não ficou só na promessa.

A oposição registrou nesta terça-feira (3) o pedido de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara para investigar as irregularidades na Petrobras.

O requerimento recebeu 186 assinaturas, inclusive de deputados da base aliada ao governo Dilma.

O colegiado dará continuidade aos trabalhos da CPI Mista de 2014.