A volta da deputada Luciana Santos às atividades parlamentares incluiu um debate sobre Reforma Política, promovido pela União Nacional dos Estudantes (UNE).
A atividade é parte da programação da 9ª Bienal de Arte e Cultura da UNE, que acontece até o próximo dia 6 de fevereiro no Rio de Janeiro (RJ), com amplo patrocínio do governo, para variar.
Na conversa com os estudantes, Luciana Santos apresentou o perfil do Congresso Nacional e destacou a necessidade de um Parlamento plural que represente a diversidade dos segmentos sociais.
Na atual legislatura a renovação foi de aproximadamente 43%.
Dos 513 parlamentares apenas 51 são mulheres e somente 4,1% se declararam negros.
Ela disse ver a importância da mobilização social no debate sobre o teor da reforma política e destacou a qualidade do projeto apresentado pela Coalizão pela Reforma Política Democrática, que se contrapõe a uma reforma meramente eleitoral e defende uma reforma abrangente que mude a forma do exercício do poder, de quem o exerce e dos mecanismos de controle. “O financiamento exclusivamente público tornará a disputa mais igual entre os partidos e candidatos, e permitirá um maior controle por parte da Justiça Eleitoral e da Receita”, concordou Luciana. “Se empresa não vota, por que financia?”, indagou.
Também participaram do seminário sobre Reforma Política o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto; o representante da OAB, Aldo Arantes; o dirigente nacional do MST, João Pedro Stédile; entre outras lideranças partidárias e sindicais.
Rosseto disse que o governo tem o dever de aprofundar as mudanças políticas, sociais e econômicas que estão sendo realizadas no país. “Eu sei que o que vocês [ESTUDANTES]estão fazendo aqui renova essa energia política, vamos nessa bienal renovar essa solução de mudança e transformação no Brasil e construir essa cultura da arte: a visão libertária que acompanha a nossa juventude, que acompanha a UNE, que acompanha todos nós”, disse.