Paulo Câmara comenta sobre vitória de Diogo Moraes contra Lula Cabral.
Foto: Rodrigo Carvalho/JC Imagem.
Na tentativa de amenizar o embate interno que se desdobrou dentro do PSB para a escolha do primeiro secretário, o governador Paulo Câmara (PSB) optou por minimizar o fato de o candidato “oficial” indicado pelo Palácio do Campo das Princesas, Lula Cabral, ter sido derrotado por Diogo Moraes, que teve mais do que o dobro de votos em relação ao outro postulante (32 a 15).
Para evitar desgastes, Câmara adotou um tom conciliador e deixou clara a autonomia dos parlamentares para escolher a Mesa Diretora da Alepe.“Os dois são filiados ao PSB, mas a gente tem que respeitar o direito da Casa, que foi muito clara no desejo de ter escolhido o primeiro secretário Diogo Moraes, que é um parceiro do governo, que nos acompanhou na campanha política e, com certeza, terá condições de fazer um grande trabalho nos próximos dois anos”, disse.
Apesar de o governador reduzir a importância do fato, a vitória de Diogo Moraes representou uma derrota para Paulo Câmara e demonstrou a força de Guilherme Uchoa, uma vez que os votos de Moraes foram apresentados em combinação com os do presidente da Alepe.
Os dois vinham fazendo campanha juntos há 90 dias, mas a articulação política do governo tentou impor o nome do ex-prefeito do Cabo, Lula Cabral.
Conforme revelou o Blog de Jamildo, nesta semana, com o aval da Casa Civil e em parceria com o governo, o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, defendeu o nome do ex-prefeito do Cabo para o cargo, como uma recompensa pela ajuda na estrutura que ele deu a Paulo Câmara, nas eleições do ano passado.
Diogo Moraes também assumiu uma posição mais moderada e afirmou que não havia derrota do governo do Estado e destacou que Paulo Câmara não teve influência na escolha dos candidatos.
Aparando as arestas, Moraes afirmou que não há ressentimentos entre ele e Lula Cabral e reforçou o espírito democrático do partido na escolha do candidato. “Não tenho razão para ficar chateado tanto é que a maioria dos dirigentes partidários me parabenizou.
Não fiz nada contra o partido.
O PSB tem um ambiente de discussão, que a gente troca ideia.
Ninguém saiu arranhado, ninguém estranhou ninguém ou subiu na tribuna para falar um do outro.
Venceu o desejo da Casa.
Não existe isso de derrotar o governo.
Fui candidato pelo partido do governador, que é meu líder”, destacou.