Foto: PMDB Nacional Com 49 votos, o atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi reeleito às 18h08 (horário de Brasília).

Do mesmo partido, o seu opositor, Luiz Henrique, recebeu 31 votos.

Houve ainda um voto nulo.

O alagoano, que já ocupou o cargo três vezes, ficará no biênio 2015-2016.

No discurso, o presidente reeleito exaltou a reforma administrativa interna da Casa e afirmou que a reforma política é uma causa pela qual se empenhará pessoalmente.

Em tom formal, Calheiros também criticou protestos de grupos que classificou como extremistas e afirmou existir um “obscurantismo” nas redes e nas ruas. “Propagar o nojo à democracia é o caminho a indigência institucional”, afirmou. “Não seremos levados de volta à privação, a exclusão e a escassez”, disse ainda, ao citar que uma das pautas do Senado será a economia.

Renan Calheiros ingressou na política pelo movimento estudantil, nos anos 70.

A primeira vez em que foi eleito deputado estadual foi em 1978, quando ainda era estudante de direito.

Quatro anos depois, se elegeu para a Câmara dos Deputados.

O atual presidente do Senado entrou na casa em 1994 e assumiu o Ministério da Justiça quatro anos depois, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ficando por pouco mais de um ano, até voltar para o Congresso.

Desde 2005, é presidente da Casa.

PT - Mais cedo, o pernambucano Humberto Costa (PT), líder do partido no Senado, defendeu a candidatura de Calheiros, afirmando que os petistas apoiariam o nome indicado oficialmente pelo PMDB.

Humberto alegou que defende o princípio da proporcionalidade: a maior bancada indica o candidato ao comando da Casa - assim, afirmou que, se o candidato do partido fosse Luiz Henrique, os petistas iriam com ele.

Os votos do PT são fundamentais para quem quiser ocupar a cadeira.

Depois do resultado da eleição, Humberto afirmou, em entrevista à TV Senado, que a reforma política é uma das pautas que deverão ser intensamente debatidas ainda este semestre. “Nossa legislação eleitoral está totalmente defasada.

Nós precisamos debater temas como o financiamento de campanha e a fidelidade partidária”, disse.

O petista prevê também o polêmico ajuste fiscal movimentando a Casa, além de mudanças na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para os estados e temas da reforma tributária.

Opositor da presidente Dilma Rousseff (PT) nas últimas eleições, o senador Aécio Neves (PSDB) afirmou que Renan Calheiros deve a sua eleição à legenda.

MESA - Após pedidos de líderes de partidos, iniciados por Lídice da Mata (PSB-BA), a sessão que escolherá a Mesa Diretora, composta pelos dois vice-presidentes e quatro secretários, ficou para a próxima terça-feira (3).

O candidato à primeira vice-presidência é Jorge Viana (PT-AC) e à segunda, Romero Jucá (PMDB-RR).