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Na Folhapress Em consonância com o discurso de outros líderes da América Latina e do Caribe, a presidente Dilma Rousseff defendeu que o embargo dos EUA a Cuba, uma “medida coercitiva sem amparo do Direito Internacional”, deve ser “superado”.
Ao discursar na cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), Dilma elogiou a “coragem” e o “sentido de responsabilidade histórica” do presidente americano, Barack Obama, e do ditador cubano, Raúl Castro, ao fazerem avançar as conversas para normalizar as relações bilaterais.
No entanto, lembrou que o embargo segue em vigor. “Essa medida coercitiva, sem amparo do Direito Internacional, que afeta o bem-estar do povo cubano e prejudica o desenvolvimento do país deve também ser superada”, declarou.
Dilma disse “não ter dúvidas” de que a Celac funcionou como “catalisador” do processo que levou ao anúncio do acordo entre EUA e Cuba, um “fato de transcendência histórica”.
Para a presidente, Castro e Obama “merecem reconhecimento pela decisão benéfica para cubanos e norte-americanos, mas sobretudo para todos os cidadãos do continente”. “Começa a se retirar da cena latino-americana e caribenha o último resquício de Guerra Fria em nossa região”, afirmou.
Dilma defendeu novamente o financiamento de US$ 800 milhões para as obras do Porto de Mariel, em Cuba, um projeto da Odebrecht.
A decisão foi amplamente criticada pela oposição brasileira. “O Brasil, ao financiar as obras do Porto de Mariel, (…) atuou em prol de uma integração abrangente”, disse.